Da redação – Nesta segunda-feira, dia 08 de outubro, um dia após as eleições fraudulentas do último domingo, a Bolsa de valores operou em forte alta, acima dos 85 mil pontos. Segundo a imprensa burguesa, porta voz oficial dos interesses do imperialismo no Brasil, a alta estaria associada a divulgação do resultado eleitoral que colocou o candidato fascista Jair Bolsonaro no segundo turno na frente do candidato petista Fernando Haddad.
A alta da Bolsa de valores também foi acompanhada de uma leve queda no valor do Dólar americano em relação à moeda brasileira, aproximadamente 10 centavos abaixo do fechamento da última sexta-feira, dia 05 de outubro. De acordo com representantes da burguesia e do imperialismo, não apenas a potencial eleição de Bolsonaro para o segundo turno, mas também a expressiva bancada que a direita obteve no Congresso e no Senado promoveriam um ambiente propício para que os golpistas aprovem as reformas que retiram os direitos da população, como por exemplo a reforma da previdência que o governo golpista de Temer foi incapaz de levar adiante. A agência Moody’s por exemplo, declarou que “Independentemente de quem vença, o novo presidente terá que formar alianças no Congresso que permitam a aprovação de reformas fiscais —especialmente a da Previdência— para que se encaminhe uma fragilidade fundamental no perfil de crédito do Brasil”.
Outro representante do mercado e, sobretudo dos banqueiros, Alejandro Hardziej, “O primeiro turno da eleição presidencial deixou Bolsonaro em uma surpreendente boa posição para se tornar o próximo presidente brasileiro. Bolsonaro é o candidato mais pró-mercado, defendendo reformas necessárias e privatizações no país. Enquanto continuamos acreditando que a economia brasileira seguirá em recuperação lenta apesar do resultado da eleição, o resultado do primeiro turno será positivo para a dívida brasileira”.
O que fica claro é que a ausência do candidato preferencial da burguesia e do imperialismo no segundo turno das eleições, coloca Bolsonaro como uma opção possível aos olhos dos golpistas. Para o Golpe de Estado, independentemente de qual candidato, o mais importante é a destruição dos direitos do povo trabalhador e a entrega do patrimônio nacional para os capitalistas estrangeiros.