Até a última sexta-feira (14), o estado do Rio de Janeiro registrava 14.507 óbitos e 189.891 casos de Covid-19. As autoridades sanitárias do governo Wilson Witzel (PSC) afirmam que a pandemia está em franco declínio, com queda de 82% no número de mortes em virtude da doença.
O painel de acompanhamento da pandemia do governo estadual, Painel Coronavírus, aponta para a redução significativa dos casos neste mês de agosto. O governador Witzel disse que:
“Fomos pioneiros no país em apoiar o isolamento social, decretando medidas restritivas antes mesmo de termos o primeiro óbito registrado. Nossa atuação preventiva foi determinante para termos queda dos óbitos de forma antecipada em relação aos outros estados, e para pouparmos mais de 125 mil vidas. Reforço ainda minha solidariedade às famílias que tiveram entes vitimados pela doença”.
A pandemia avança por todo o país, vitimando milhares de pessoas diariamente. O Estado do Rio de Janeiro, totalmente dilapidado pela política neoliberal aplicada pelos governos burgueses, impede que haja uma estrutura real de enfrentamento à doença. Diante da difícil situação do estado, é completamente fraudulenta a afirmação de que há queda no número de mortes.
Para justificar a política de reabertura das atividades, o governador fascista manipula os dados para esconder a realidade da população. É a mesma política dos demais governadores golpistas, que, por sua vez, atende aos interesses da burguesia, que pressiona para a retomada de todas as atividades na expectativa de impedir uma falência generalizada das empresas.
É necessário destacar que a pandemia do COVID-19 está totalmente fora de controle. Os poderes públicos estadual e municipal sequer têm condições, em tempos de relativa normalidade, de suprir a demanda de atendimento na rede básica de saúde para a população. No Rio de Janeiro, são frequentes as denúncias de faltas de leitos hospitalares, falta de profissionais da saúde e material básico para a rede de saúde, bem como da ausência de infraestrutura adequada para prestar um serviço de qualidade.
O governo Witzel, reconhecido pela brutalidade e pela violência com que trata a população, em especial a população pobre das favelas cariocas, implementa uma política do tipo nazista, de “deixar morrer quem tiver que morrer” e manipular os dados que são informados ao público.
É necessário denunciar a ocultação da realidade e manipulação dos dados da doença. Os governadores golpistas, em consonância com Jair Bolsonaro, administram o morticínio que avança pelo país. O nazista Witzel se destaca por ser um dos mais sanguinários, capaz até mesmo de comemorar o assassinato por parte da polícia.