O imperialismo moveu peças arriscadas no sentido de dar um golpe definitivo no governo democrático de Nicolás Maduro. As falsas manifestações populares de hoje, junto à tentativa de golpe por parte de um minúsculo setor das Forças Armadas e da intensa propaganda da imprensa internacional contra os chavistas, dão o tom da ofensiva. Nós brasileiros conhecemos a receita. Ou deveríamos.
Para quem está acompanhando o desenrolar da situação e ainda tem dúvidas de como se posicionar, é preciso ter uma coisa bem clara. Hoje, quem é contra Maduro, apoia o golpe de Estado organizado pelos norte-americanos na Venezuela e sua política de intervenção para o nosso continente. As nuances deixam de existir quando o contraste da situação atinge um ponto tão crítico.
Se a esquerda se coloca em uma posição neutra, da mesma forma será uma apoiadora dos conspiradores da direita venezuelana, elementos que trabalham pelo golpe no chavismo desde 2002, na intenção de entregar o poço de petróleo mais rico do mundo à burguesia internacional, e de levar a classe trabalhadora do seu país de volta para a idade da pedra.
O golpe em Honduras produziu uma situação de caos social tão grande que gerou uma crise migratória nunca antes vista na América Central. O golpe no Paraguai acabou com qualquer conquista social do primeiro governo de esquerda que o país teve e criou alicerces para manter a direita paraguaia por décadas no poder. O golpe no Brasil avança em direção ao fascismo, no sentido de exterminar definitivamente toda a esquerda do território nacional.
Quem apoia a queda de Maduro pelas mãos do imperialismo, se alinha a todo esse movimento, e se torna um inimigo do povo latino-americano e dos povos explorados do mundo, um bolsonarista no sentido estrito da palavra, um golpista miserável.
Todo apoio ao povo venezuelano! Abaixo a invasão imperialista!