Segundo a fase 2 Inquérito Sorológico 2021 em São Paulo apenas 14,7% da população têm anticorpos para covid-19 e a doença está instalada em toda a capital. O estudo foi realizado através de sorteio nas regiões das 472 Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde das pessoas sorteadas que concordaram participar do estudo foram retiradas uma amostra de sangue.
Inquérito Sorológico
Nesta fase do inquérito foram coletas 1.841 amostras das 472 UBS, das quais 270 apresentaram resultado positivo para covid-19. O resultado indica que um percentual de 14,7% da população paulistana contraíram a covid-19 e prevaleceram com anticorpos, considerando que a confiança da pesquisa é de 95%, esse índice contágio pode estar entre 13,9% e 16,4%.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, a infecção se alastrou por toda a cidade: “Anteriormente, havia um aumento de casos da doenças em regiões de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) alto, hoje não há mais grandes distinções da presença da covid-19. Ela se apresenta em todas as áreas da cidade”.
Um pandemia de caráter social
Na verdade o estudo indica uma inversão, em relação ao IDH as zonas de alto padrão que antes eram majoritárias no número de infecções, hoje apresenta uma porcentagem de prevalência de anticorpos de 6,3% da população. Nas regiões com IDH médio essa porcentagem de prevalência de anticorpos vai para 16,4% da população e nas regiões de baixo IDH a porcentagem de prevalência de anticorpos vai para 16,2% da população.
Outro indicador do caráter social da pandemia de covid-19, foi a constatação de que os percentuais da doença continuam maiores nas populações que se identificam como negros. Os números indicados pelo estudo foram um percentual de prevalência de anticorpos de 13,6% na população branca e um percentual de prevalência de anticorpos de 14,5% na população negra.
Considerando as faixas etárias o estudos indicou uma prevalência de anticorpos de 13,9% na população da faixa de 18 a 34 anos, 14,2% na população da faixa de 35 a 49 anos, 15,7% na população da faixa de 50 a 64 anos e 11,1% na população acima de 65 anos. Já em relação à escolaridade a pandemia continuou demonstrando seu viés social, a prevalência de anticorpos foi de 15,3% para aqueles que não estudaram, 16,2% para os que cursaram até o Ensino Fundamental, 14,6% para o ensino médio e 9,9% para pessoas com Ensino Superior.
Volta às aulas
Mesmo com os números demonstrando um total descontrole da pandemia na cidade de São Paulo, com 495.938 casos e 17.954 mortes oficiais. Com a segunda fase do Inquérito Sorológico apontado a disseminação do coronavírus (sars cov 2) por toda a cidade. O prefeito Bruno Covas (PSDB) mantém o retorno das aulas presenciais para a próxima segunda-feira, dia 15 de fevereiro, de um primeiro grupo e de um segundo para o dia 22 de fevereiro.
Os números deixam claro que a prefeitura do PSDB não tem a menor preocupação com a população, desconsidera os resultados dos seus próprios estudos apenas para atender os interesses dos capitalistas. Essa ação do PSDB é criminosa e pode representar um verdadeiro genocídio para a juventude paulistana, professores e técnicos educacionais.