Embora 26% da pesquisa em Matemática sejam feitos por mulheres, elas ficam com apenas 11% das bolsas. O tema será objeto de discussão do Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, que ocorre neste fim de semana, no Rio de Janeiro, que discutirá também problemas como a dupla jornada da mulher e a violência de gênero dentro da academia.
São dados que demonstram a exploração imposta sobre a mulher na sociedade capitalista. A falta de bolsas implica uma parcela maior de trabalho não pago sendo desempenhada pelo sexo feminino, em relação ao sexo masculino. Esta disparidade de bolsas é resultado das barreiras enfrentadas pelas mulheres para desenvolver uma carreira acadêmica, tais como a falta de amparo às cientistas mães, a dominação masculina em cargos de liderança etc. Como resultado, igual ao que ocorre em outras áreas profissionais, a mulher precisa enfrentar maiores barreiras, portanto, precisando trabalhar mais para receber o mesmo reconhecimento e remuneração que seus colegas do sexo masculino.