O apartheid promovido por Israel, em face dos palestinos, nunca foi novidade, mas a política de segregação vem adquirindo contornos cada vez mais inflamados. O deslocamento da embaixada americana para a cidade de Jerusalém é um exemplo desse ardil. No anseio de fazer Jerusalém a capital israelense, os EUA capitanearam a instalação de sua unidade em Tel Aviv, a despeito das resoluções da ONU desaprovando a mudança.
Em razão de conflitos políticos e religiosos, restou estabelecido que a cidade de Jerusalém não deveria possuir status de capital a propósito da política do bom convívio. No entanto, os EUA fomentam o aprofundamento da confusão devido à crise imperialista que experimenta na região, especialmente após a derrota na questão da Síria.
Nas festividades de instalação da embaixatura, o embaixador americano, David Friedman, deu um sinal da verdadeira política de extermínio que prepara para o povo palestino e sua religião. O embaixador posou para foto ao lado de uma imagem de aérea de Jerusalém na qual o santuário sagrado do Islã, chamado de Domo da Rocha, local onde o profeta Maomé teria ascendido aos céus, fora excluído por computação gráfica, e em seu lugar colocado uma sinagoga. Dizem que isso seria um sinal das intenções estadunidenses e israelenses na cidade.
Hipocritamente, Friedman lamentou o ocorrido, mas a realidade é que o embaixador americano está ao lado dos carrascos dos palestinos, tendo inclusive apoiado o massacre mortal de 100 palestinos desarmados quando da inauguração da embaixada. Não passa de mais um lacaio do imperialismo com as mãos cheias de sangue. É preciso, pois, que o povo palestino resista e lute contra essa corja de criminosos.