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Novo apagão

Apagão no Amapá pela 4ª vez em 5 meses revela crise dos golpistas

Ao contrário do discurso neoliberal, as privatizações prejudicam a qualidade dos serviços e deixam a população largada à própria sorte.

Nesta quinta-feira, o estado do Amapá voltou a ficar a sofrer um apagão total. Nada menos do que o quarto nos últimos cinco meses. Dos 16 municípios do estado, apenas Oiapoque no ponto extremo norte do Brasil não foi atingido por contar com um sistema elétrico isolado. Para continuarem funcionando, hospitais e empresas ficaram na dependência dos geradores de energia, abastecidos com combustíveis.

Os dois primeiros apagões da série recente ocorreram em novembro de 2020. Em 4 de novembro, treze cidades ficaram sem abastecimento de energia elétrica por 4 dias e durante 22 ficaram com abastecimento parcial. O episódio foi uma decorrência de um incêndio na principal subestação do estado. Durante o período de fornecimento parcial de energia, ocorreu o segundo apagão total, que durou 5 horas.

Poucos meses depois, em 13 de janeiro, a população do Amapá ficou novamente sem energia elétrica por cerca de 5 horas. A cada nova falha, as explicações ficam mais confusas. Até o rastreio dos responsáveis não é simples, devido ao processo de privatização envolvido. A concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) passou da empresa espanhola Isolux para a Gemini Energy, uma empresa gerida por dois fundos de investimento. Enquanto os capitalistas brincam com a compra e venda de ações, a população se vira sem o acesso aos serviços básicos. A LMTE comprou o direito de explorar economicamente a transmissão de energia do Pará ao Amapá por 30 anos, que expiram só no longínquo ano de 2038!

O que está ocorrendo no Amapá é mais um exemplo das consequências da privatização das estatais. Deixar o fornecimento de serviços essenciais à população, como eletricidade, água encanada e outros, nas mãos de empresas privadas é leiloar as condições de vida do próprio povo. A necessidade de gerar lucro para os acionistas contrasta violentamente com a manutenção adequada, a ampliação dos serviços e com o barateamento das taxas, entre outros aspectos importantes para a população.

Enquanto isso, o ilegítimo presidente Jair Bolsonaro, em conluio com o resto da direita, incluiu a Eletrobrás no pacote de privatização do “Chicago Boy” Paulo Guedes. O chamado Programa Nacional de Desestatização é um presente para os abutres capitalistas dos países imperialistas e um crime contra o patrimônio nacional e contra o povo brasileiro. Casos como os ocorridos recentemente no Amapá tendem a se espalhar pelo Brasil.

Um dos propagandistas da privatização da Eletrobrás, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia do atual governo golpista, declarou essa semana que a empresa teria perdido dinheiro por ser estatal. Segundo os cálculos de Diogo Mac Cord, divulgados pela imprensa burguesa, a Eletrobrás teria “perdido” R$ 351,6 bilhões. Para além das distorções matemáticas provavelmente presentes nas contas do secretário, essa perspectiva expõe a verdadeira intenção dos golpistas, dar de mão beijada lucros exorbitantes aos capitalistas. Se não fossem lucrativas, não haveria o menor interesse na compra dessas empresas fundamentais para o desenvolvimento nacional e para a melhoria das condições de vida da população. De qualquer forma, de que valeria a empresa lucrar se esse dinheiro não será investido no país?

É preciso denunciar o desmonte dos serviços públicos e a ineficiência das empresas privadas na administração desses serviços. O discurso da propaganda neoliberal precisa ser constantemente contrastado com a realidade objetiva e não faltam exemplos aqui no Brasil. Para que o país não volte aos tempos dos apagões generalizados do governo FHC, precisamos combater a privatização da Eletrobrás e lutar pela reestatização de todas as empresas que foram entregues aos capitalistas.

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