O Corinthians vem enfrentando uma grande crise no futebol. O clube que foi multicampeão, marcando uma década de vitórias e conquistas, bate de frente no momento com sua pior fase de todos os tempos em termos financeiros.
Com dois meses de salários atrasados aos jogadores, além do direitos de imagem, valor que no ano fim do ano passado era de 48 milhões, dívidas jurídicas, processos, dívida da arena, uma situação desastrosa em pleno fim de mandato do presidente Andrés Sanches.
O clube terminou o ano de 2019 com mais de 660 milhões de dívidas. Desse valor, 399 milhões tem que ser pago até o fim desse ano de 2020. Porém, o valor a ser pago é maior do que o faturamento do ano de 2019 que é de 353 milhões.
Para ajudar, patrocinadores suspenderam contratos vinculados com o clube por causa da pandemia no país. Essas empresas privadas, chegam aos clubes como salvadoras, prometendo aumentar o poder financeiro e ajudar na contratação de jogadores, mas, a realidade é outra, quando o bicho pega, os capitalistas deixam os clubes com as mãos abanando.
Mesmo sem jogar desde o começo da pandemia do novo coronavírus, Corinthians, enfrenta protestos dos torcedores organizados, ou pelas redes sociais e até mesmo na própria sede do clube.
Os protestos dos torcedores, não é pelo motivo de derrotas ou um futebol medíocre, mas sim, pelas dezenas de grandes dívidas que aparecem constantemente da noite pro dia.
A crise capitalista que abala o clube de Itaquera, não é um caso apenas centrado ao Corinthians, mas sim, afeta centenas de outros clubes no país que tentam sobreviver sem nenhum apoio, tanto do governo golpista, quanto da entidade CBF.
O presidente, Sanches, antes de sua volta ao clube, foi deputado federal pelo partidos dos trabalhadores (PT). Pode ser uma crise produto de uma pressão da ala direitista do clube, formada por conselheiros e membros burguês, querendo a cabeça do presidente, por ser contra o sequestro de Lula.
O que podemos tirar sobre essa crise que afeta os clubes, ou melhor, será uma crise provocada pelos grandes monopólios a fim de se infiltrar dentro dos clubes para tomar de assalto estabelecendo uma única saída para crise provocada por eles próprios: a implantação do “Clube-Empresa”.
Uma coisa é certa, se os grandes como o “Corinthians”, estão em grande crise, imagine centenas de outros clubes que disputam campeonatos sem valorização para a imprensa capitalista e pela própria CBF.