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Protestos no continente

Aonde vai a América Latina?

Situação política leva a um enfrentamento generalizado das massas contra o imperialismo nos países latino-americanos

Em toda a América Latina, a população está se levantando contra os governos neoliberais de direita impostos pelo imperialismo por meio de golpes de Estado. No Haiti protestos massivos e radicalizados contra o governo já duram quase um ano. Em Honduras, a população, empobrecida pelo golpe de 2009, luta contra o governo ilegítimo, fruto do golpe e de uma eleição fraudada à luz do dia em 2017. Em Porto Rico, um governador foi obrigado a renunciar em julho por causa de grandes manifestações no país. Mais recentemente, o povo do Equador se levantou contra o governo do traidor Lenín Moreno, que conseguiu conter os protestos com uma manobra, mas a revolta pode estourar novamente a qualquer momento, contra as políticas neoliberais e o FMI.

Em um país crucial para a propaganda da imprensa burguesa a favor do neoliberalismo, o Chile, a revolta popular também explodiu nas grandes cidades, com grande disposição de luta mesmo com a intensa repressão levada adiante pelo governo de Sebastián Piñera, que chegou a impor um estado de emergência e um toque de recolher, até ser obrigado a recuar diante da magnitude das manifestações. No auge dos protestos até agora, 1 milhão de pessoas tomaram as ruas na capital.

Em todos esses casos, a direita não está fazendo concessões ou entrando em acordos. Diferentemente do que aconteceu entre o final dos anos 90 do século passado e o começo dos anos 2000, quando uma onda de revoltas populares abriu caminho para que a burguesia dos países atrasados na América Latina permitisse que partidos nacionalistas burgueses passassem a governar, dessa vez os capitalistas não veem a mesma margem para manobra, e a saída para o problema da crise política e da insatisfação popular apresenta-se dessa vez, do ponto de vista da direita e do imperialismo, como a alternativa de fechar o regime político e esmagar a população com muita repressão e autoritarismo.

 

Enfrentamento

Portanto, dessa vez não será possível que a mobilização das massas leve a uma conciliação e a governos que façam concessões sociais como se viu na etapa anterior. Dessa vez o imperialismo e a direita golpista vão se organizar para resistir no governo, sem ceder terreno, e o plano diante das mobilizações é impor ditaduras na América Latina. No Equador e no Chile os governos já colocaram, momentaneamente, militares nas ruas para esmagar os protestos dos trabalhadores.

No Brasil, essa política da direita já foi formulada explicitamente diversas vezes. Esta semana, o filho do golpista Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, voltou a colocar o problema, primeiro dizendo que se houver mobilizações no Brasil a “história vai se repetir”, em referência à ditadura militar de 1964, e depois dizendo que o Brasil poderia precisar de um “novo AI5”, em referência ao Ato Institucional por meio do qual a ditadura fechou o Congresso em 1968 e intensificou a repressão no país.

Portanto, a política da direita, pressionada pela crise econômica, levará a um embate direto com as massas no próximo período. Os trabalhadores, também pressionados pela crise econômica, tendem a reagir às medidas neoliberais e a se mobilizar contra os governos da direita. Diante desse enfrentamento das massas com o imperialismo que está colocado pela situação política em todo o continente, as direções da classe trabalhadora devem mobilizar a população contra esses governo. No Brasil, é necessário levantar a palavra de ordem Fora Bolsonaro!, e colocar na ordem do dia a derrubada imediata do governo, antes que a direita consiga se organizar para impor sua solução sanguinária e criminosa para a crise.

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