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Colômbia

Ao menos 84 líderes comunitários foram mortos este ano na Colômbia

Enquanto a imprensa burguesa mente sobre a Venezuela, a ditadura colombiana massacra opositores

A violência na Colômbia tem sido denunciada por personalidades, organizações nacionais e internacionais e pelo povo em geral. Pelo menos 84 líderes comunitários foram mortos no país até agora neste ano.

A Defensoria do Povo da Colômbia emitiu uma declaração a respeito da violência que atinge basicamente as zonas rurais dos departamentos de Cauca, Nariño, Putumayo, Antioquia e Chocó.

A instituição também afirmou que a violência tem aumentado mesmo com a situação de emergência decorrente da Covid-19.

“Após as cinco semanas de emergência sanitária, o ombudsman conseguiu documentar pelo menos 40 ataques contra comunidades em todo o país, com o objetivo de intimidar e gerar pânico”, afirmou o comunicado divulgado na segunda-feira, dia 27/04.

Segundo o ombudsman colombiano, os grupos armados irregulares responsáveis ​​pelas ações violentas buscam controlar principalmente as rotas de tráfico de drogas nas áreas afetadas.

O órgão denunciou que os defensores dos direitos humanos e os líderes sociais são alvos prioritários da violência nos estados mencionados.

Segundo o documento, a ouvidoria “conseguiu verificar que a violência contra líderes sociais e defensores dos direitos humanos persiste sob a mesma dinâmica que a denunciada por quatro anos”.

Líderes sociais, defensores de direitos humanos, camponeses, comunidades indígenas e afrodescendentes na Colômbia foram vítimas diretas da violência gerada por grupos armados irregulares.

Organizações de direitos sociais e humanos, tanto colombianas quanto internacionais, denunciaram a falta de proteção do governo nas áreas rurais, o que deixa o controle desses territórios nas mãos de grupos violentos.

Desde que foi ratificado o cessar-fogo entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano em 2016, o número de mortos entre os camponeses e aqueles que os apoiam não para de crescer. O cessar-fogo era condicional, e uma das condições – a principal – é a deposição das armas pelas FARC. O problema é que o estado colombiano continua armado e, quando é para eliminar quem se opõe à sua política ditatorial e direitista, deixa o caminho aberto para que os grupos paramilitares façam o serviço sujo. Se esses grupos atuam sob ordem direta do governo ou não pouco importa, já que a falta de proteção por parte do estado é suficiente para que esses grupos cometam seus crimes. Isso é o que configura uma ditadura, entre outras coisas, pois quem se opõe pode ser eliminado de forma totalmente ilegal.

Apenas lembrando, no ano de 2019 inteiro o número de mortes de camponeses e líderes comunitários chegou a 86.

Neste ano, até o dia 18 de fevereiro 51 pessoas já haviam sido assassinadas por motivos políticos. Destaca-se em fevereiro de 2020 a descoberta em um cemitério no município de Dabeiba de uma vala comum com 10 corpos de pessoas executadas, sendo que um deles pertencente a uma criança de 10 anos.

A conta atualizada dos membros das FARC assassinados nos dois primeiros meses deste ano é de 14 pessoas.

Acrescentemos também dois líderes indígenas mortos no final de março.

Fazendo uma conta rápida, podemos afirmar que aproximadamente 60 pessoas foram mortas por motivos políticos nos dois primeiros meses de 2020 na Colômbia.

Mas como agora já temos a informação mais recente de 84 mortos nos quase quatro meses deste ano, e comparando com os 86 mortos de 2019, podemos concluir sem dúvida alguma que está ocorrendo uma escalada brutal na violência estatal, digna de qualquer ditadura e, como é comum na História recente da América Latina, também com a benção dos Estados Unidos da América.

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