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Eleições fraudulentas

Antidemocrático, 2º turno confirma vitória da direita golpista

Segundo turno consolida vitória da direita golpista e dos seus partidos tradicionais com participaçào decisiva da esquerda defensora da frente ampla

Sem maiores surpresas, os resultados do segundo turno das eleições municipais reafirmaram a vitória da direita golpista e dos seus partidos tradicionais, como resultado de um imenso processo de manipulação e fraude, no qual os setores que governaram o País na quase totalidade de sua historia pseudo democrática, mantiveram o controle sobre a ampla maioria das cidades do País, em uma operação que contou com a colaboração de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, defensores da frente ampla, que receberam um pequeno quinhão do resultado produzido.

 

A direita aumenta seu domínio

 

Os resultados apenas reforçaram o “bloco dominante” e golpista formado pelos cinco partidos que  mais elegeram prefeitos no primeiro turno:  MDB (772), PP (680), PSD (649), PSDB (512) e DEM (459). Sendo que deste, o setor mais direitista – PP, PSD e DEM-, sucessor do partido da ditadura militar (Arena), já havia registrado crescimento; enquanto o bloco herdeiro do partido de oposição permitido pela ditadura, o MDB – formado pelo MDB e PSDB – apresentou declínio em número de capitais, embora mantendo posições fundamentais e cerca de 1.300 prefeituras.

Esse quadro se reafirma, com as vitórias de Bruno Covas (PSDB-SP), Eduardo Paes (DEM-RJ), Sebastião Melo (MDB-RJ), Cicero Lucena (PP-PI), Maguito Vilela (MDB-GO), Emanuel Pinheiro (MDB-MT), Dr. Pessoa (MDB-PI), Hildon Chaves (PSDB-RO), Artur Henrique (MDB-RR), Tião Bocalon (PP), entre outras.

Apresentado – sem base na realidade – como um dos grandes derrotados no primeiro turno, o “bloco que tende à extrema direita” (integrado pelos bolsonaristas e outros setores da direita) ganhou importantes posições, conquistando novas levas de prefeituras, incluindo as capitais Manaus (Avan), São Luís (Pode), Vitória (Repu) e várias outras cidades importantes como Campinas (SP) e São Gonçalo (RJ).

Esse resultado não teria sido possível sem a prestimosa e dedicada colaboração dos setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa, defensores da política de frente ampla com a direita golpista, que somaram forças com esses setores para buscar quebra a polarização política (radicalização) puxada, por um lado, pelo bolsonarismo e, por outro, pelo PT.

Essa política alcançou um relativo êxito ao garantir que o PT não vencesse nenhuma capital, pela primeira vez em mais de mais de três décadas. Como resultado de um enorme cerco politico, no qual o partido não foi apoiado pela esquerda eleitoral nem mesmo quando se enfrentou com um candidato bolsonarista, como no caso de Vitória, e foi alvo de uma campanha de brutais ataques da aliança de setores da esquerda com a direita, como se viu em Recife.

Isso, depois de já ter sido a principal vítima  eleitoral do processo de manipulação e fraude eleitoral operada em todo o País, destacadamente, em São Paulo – onde os votos do PT foram transferidos para o candidato da esquerda preferido pela direita, Guilherme Boulos (PSOL) – e no Rio de Janeiro – onde a candidata petista foi apresentada como “azarão”, sendo alvo de uma enorme campanha pelo “voto útil” para a ex-chefe de Polícia e candidato do PDT, Delegada Marta Rocha.

 

A pequena paga da esquerda

 

As “30 moedas” recebidas por essa esquerda por seu empenho em ajudar a direita a isolar o PT e  criar barreiras ao que a direita (e também setores da esquerda) chama de “lulopetismo”, foram minguadas e só podem ser comemoradas por setores que nada têm a ver com os interesses dos trabalhadores diante da evolução política.

Na ala da “esquerda parlamentar”, o PSOL foi premiado, com a enorme promoção de seu ex-candidato presidencial, Boulos, e com a eleição – com amplo apoio de setores golpistas – do prefeito de Belém, o ex-petista e deputado Edmilson Rodrigues.

Já o PCdoB, mesmo ganhando promoção e a cabeça de chapa da esquerda em Porto Alegre, com a ex-deputada Manuela D’Ávilla, não ganhou em nenhuma capital e mesmo no Estado em que tem o seu governador, Flávio Dino, depois de ficar de fora do segundo turno e apoiar um candidato do bolsonarista do Republicanos, nem assim conseguiu sair “vitorioso”, mostrando que a “força” do partido naquele estado advém simplesmente de sua aliança conjuntural com setores da burguesia golpista.

Os partidos da esquerda burguesa, PSB e PDT, além de reforçarem a política da direita, não conseguiram aumentar significativamente sua participação no botim do PT. O PSB, manteve – a dura penas – e com enorme apoio da direita que queria derrotar o PT, a prefeitura de Recife e de Maceió. Já o PDT, de Ciro “Coca-Cola” Gomes, além manter o comando da oligarquia na capital cearense (depois de uma sórdida campanha contra o PT no primeiro turno), reelegeu o prefeito de Aracajú.

 

Vem aí uma nova ofensiva

 

Consumada a fraude eleitoral em favor da direita, vem aí, com força ainda maior, o aumento do genocído por meio da pandemia da Covid, relegada a assunto de segundo plano na campanha. A situação que nunca esteve sob controle, se agrava pela total falta de medidas de combate e estamos firmemente ameaçados de que o País chegue a 200 mil mortos ou mais até o final do ano.

São Paulo, por exemplo, deve decretar nesta segunda (30), medidas de “fechamento” diante do avanço da pademia que já mais de 42 mil pessoas no Estado.

Ao mesmo tempo, uma  enorme alta dos alimentos que empurra a inflação para níveis superados há décadas e ameaça levar mais de 100 milhões de brasileiros à fome, de acordo até mesmo com os órgãos oficiais, como o IBGE e o brutal desemperro que  já atinge mais da metade da população trabalhadora, como problemas centrais para a imensa maioria do povo.

Deixando de lado as promessas eleitorais, o que vem por aí é uma maior ofensiva contra o povo trabalhador, que está sendo preparada pelo ilegítimo governo Bolsonaro e todos os governos estaduais e municipais, amplamente dominados pela direita (vencedora das eleiçòes).

É preciso enfrentar esta ofensiva, superando a política de capitulação e colaboração com a burguesia adotada pela esquerda burguesa e pequeno burguesa defensora e praticante da política de frente ampla com a direita golpista como se viu explicitamente no processo eleitoral.

O movimento operário e seu ativismo classista da esquerda precisam levantar a defesa de uma ampla mobilização sob a base de um programa de luta que contemple as reivindicações mais sentidas pelos trabalhadores diante da crise, junto com a luta contra o regime golpista, tais como a luta:

*  pela reposição imediata de 100% das perdas salariais; escala móvel dos salários, reajuste automático toda vez que a inflação completar 3%;

* pelo Salário mínimo vital suficiente para atender as necessidades vitais dos trabalhador e sua família, que hoje não poderia ser de menos de R$ 5 mil, para cumprir o que dispõe a própria Constituição Federal (art. 7.o)

* pela imediata redução da jornada para 35h semanais: trabalhar menos para que todos trabalhem

* pela manutenção e ampliação do Auxílio Emergencial, com valor de um salário mínimo para todos

* pela estatização do Sistema Financeiro e Não pagamento da dívida interna e externa com os especuladores para garantir os recursos necessários para atender às necessidades da população em áreas fundamentais como Saúde, Moradia, emprego etc.

* contra as privatizações, cancelamento das já realizadas; colocar as empresas estatais sob o controle dos trabalhadores e suas organizações;

* Abaixo o regime de perseguição ao povo negro: dissolução da PM e de todo o aparato repressivo; direito de auto defesa para todos os trabalhadores;

* Contra a perseguição e opressão das mulheres: fim da criminalização do aborto;

* Não à destruição do ensino público. Verbas públicas somente para escola pública. Não às escolas militares. Volta às aulas só com vacina!

* Unir os explorados com Lula candidato e Lula presidente;

* Fora Bolsonaro, todos os golpistas e o imperialismo.

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