Na virada do ano, uma marcha nazista tomou conta das ruas de Kiev, na Ucrânia. A marcha homenageava Stepan Bandera, líder do movimento fascista Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), grupo que tinha em vista a separação da Ucrânia por meio da colaboração com os nazistas durante a segunda guerra mundial. A organização foi responsável por pela morte de pelo menos 100.000 pessoas, dentre judeus, russos e poloneses em sua maioria.
Durante a segunda guerra, a OUN aproveitou a invasão da Alemanha na Rússia para proclamar o estado independente da Ucrânia. Porém, os nazistas resolveram prender seus líderes para não perderem o território. Foi o que aconteceu com Stepan Bandera até 1944, quando a Alemanha começou a perder a guerra e tentou liberta-lo na tentativa de que ele combatesse os soviéticos.
No ano de 2019, o dia de nascimento de Bandera se tornou feriado na Ucrânia (1 de janeiro) e, já em 2020, uma marcha de fascistas munidos de bandeiras da OUN, bandeiras da Ucrânia e tochas, saíram às ruas para festejar o nascimento de seu líder ideológico.
O acontecimento demonstra, para quem ainda tinha algum tipo de dúvida, o caráter fascista do governo ucraniano que se instalou no poder desde 2014 após o golpe de estado no país. É preciso impedir que o mesmo ocorra no Brasil. Desde 2013 a extrema direita fascista está levantando a cabeça no Brasil, com direito a volta dos integralistas e atentado terrorista contra os humoristas da Porta dos Fundos em 2019, ao mesmo tempo em que a esquerda é perseguida no país.