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Lula, pandemia e repressão: como foi a Análise Política da Semana

Veja o que foi abordado neste sábado (20) na análise mais tradicional da esquerda

Neste último sábado (20), ocorreu mais uma Análise Política da Semana. A mais tradicional análise da esquerda brasileira, que há mais de 15 anos detalha a situação política a cada semana, sendo uma ferramenta essencial na luta da classe trabalhadora contra a direita, na medida que busca indicar o caminho da luta, avaliar as ações das organizações operárias e dar as bases para a união dos trabalhadores.

Na análise deste sábado, o companheiro Rui Costa Pimenta – presidente nacional do Partido da Causa Operária – destacou como assunto principal “O risco de intervenção militar” com base nos acontecimentos da semana em que o aumento das atividades dos militares e no aumento das manifestações dos bolsonaristas tem trazido de volta o risco de um golpe militar. Foi abordado também a ação da esquerda diante desse avanço da extrema-direita. A utilização da Lei de Segurança Nacional contra os movimentos populares e, novamente, a reação totalmente equivocada da esquerda. O avanço sobre a supressão das liberdades individuais e os direitos democráticos com a prisão de militantes por se manifestarem contra os governos genocidas. O problema do Supremo Tribunal Federal e as esperanças vazias da esquerda quanto sobre a corte. A necessidade de sair às ruas em 31 de março com atos populares contra os atos da extrema direita. Além de destacar a continuidade das ilegalidades contra o ex-presidente Lula.

 A questão da pandemia

Rui começou tratando da pandemia do coronavírus, pois é um problema gravíssimo para o país e esta semana marcou um ano da pandemia o que se mostrou totalmente fora de controle, acumulando quase 300 mil mortos oficialmente reconhecidos. A quantidade de infectados e mortos, mais de 2 mil por dia, colocou o país como o principal foco da pandemia em todo o mundo.

O colapso dos hospitais, sem leitos, sem insumos básicos, o surgimento de novas variantes do vírus no país e, finalmente, a falta de vacinas mostra não só a falta de controle, mas responsabilidade dos governos, todos eles nessa calamidade. Ressaltando, também que para completar a falta de medidas o que tem avançado como política pública geral é o aumento da repressão pelo Estado, tendo agora o lockdown como mais uma medida de pura repressão.

Destacou também a falta de posição da esquerda em denunciar os governos e responsabilizá-los, criticando somente o Bolsonaro, quando na verdade todos eles são genocidas.

Sobre o lockdown ainda foi caracterizado como uma medida puramente demagógica e, de certa forma, propagandística, pois essencialmente nada muda para a grande maioria da população que, continua trabalhando, pegando transporte coletivo lotado etc. E por outro lado há os pequenos comerciantes que reivindicam justamente, o fim da medida demagógica sob o risco falimentar que enfrentam.

Esquerda completamente dominada pela direita

Neste momento de profunda crise social, a esquerda tem mostrado que está sem qualquer proposta, sem qualquer ação própria diante da pandemia e da crise econômica, somente apoiando as políticas demagógicas e genocidas da direita, como agora estão apoiando cegamente o lockdown, levando com isso uma parte da população também a ficar a reboque dos genocidas. A esquerda não apresenta uma alternativa para a população à enfrentar a direita.

Nenhum partido (exceto o PCO) de esquerda denuncia o lockdown e o toque de recolher como uma medida ditatorial que de fato não pode ser aplicada da forma que está sendo. Dando aval inclusive para o Bolsonaro fazer demagogia com o fato diante da população, e com razão.

Retorna o risco do golpe militar

Rui alertou que, assim como ocorreu em 2015, nos últimos dias um conjunto de fatos tem mostrado que a extrema-direita está novamente levantando a cabeça e prepara inclusive manifestações de rua. Buscaram, por exemplo, respaldar atos que pretendem fazer no dia 31 próximo comemorando o golpe militar, entrando na justiça (golpista) e “ganhando” o direito de comemorar o golpe militar de 1964.

No mesmo sentido, houve um grande crescimento da atividade dos militares pelas ruas do país, realizando treinamento para as conhecidas operações de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que na verdade são táticas de repressão da população urbana, colocando-a cidades inteiras em estado de sítio, por exemplo.

Esse movimento mostra que, frente a ameaça de explosão popular decorrente da crise sanitária e econômica, a direita está se preparando, organizando, agrupando suas forças nas ruas e preparando uma ditadura total contra a população.

O resultado do pedido de mais repressão

Foi abordado também a série de prisões que ocorreram nos últimos dias de militantes da esquerda. Rui relembrou que há poucos dias toda a esquerda comemorava a prisão do deputado Daniel Silveira, um bolsonarista fascista típico, mas que alertamos que pedir o aumento de repressão e o uso de leis e a justiça contra os fascistas, só faria aumentar a repressão contra a própria esquerda.

Destacou que a esquerda tem esperado que a Lei de Segurança Nacional, uma lei feita pela ditadura militar, uma lei fascista, seja aplicada à favor da esquerda, dos trabalhadores contra a direita e com os fascistas. É uma falta de coerência política completa.

No esclarecimento do que deve ser a defesa dos direitos democráticos e das liberdades individuais, Rui destacou que não há diferença entre defender a liberdade de expressão e a liberdade de manifestação, são coisas praticamente sinônimas, pois setores da esquerda partiram para defender somente parcialmente a liberdade de expressão, que na prática é suprimir um direito fundamental.

Enfrentar os fascistas nas ruas

Outro aspecto abordado na exposição principal da análise foi a manifestação que está sendo preparada pela extrema-direita e pelos militares para o dia 31 para comemorar o golpe militar de 64. Rui, salientou que as manifestações da direita devem ser enfrentadas e, se possível, varridas das ruas, pois elas não são populares. Manifestações da direita são manipulações da burguesia, no máximo.

Foi lembrado ainda, que em 2015 a esquerda chamou a extrema direita de “meia dúzia de gatos pingados” ignorando o risco que representavam, diante da máquina do golpe de Estado.

Assim, é preciso sair às ruas no dia 31 e enfrentar os fascistas com uma contra-manifestação e destacou que o PCO está convocando todas as pessoas que estão dispostas a não aceitar um novo golpe militar, contra a Lei de Segurança Nacional, pelos direitos democráticos, é preciso ir às ruas enfrentar a direita.

Assista aqui a Análise Política da Semana completa e acompanhe também as respostas às perguntas dos companheiros.

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