Nesta segunda-feira, primeiro de abril, Bolsonaro segue em viagem a Israel e esteve no muro das lamentações. A viagem mostra que o presidente ilegítimo do Brasil e o primeiro-ministro de Israel são farinha do mesmo saco, dois fascistas. Enquanto por aqui Bolsonaro elogiou Pinochet e a sangrenta ditadura chilena como também fez menção ao pedófilo Stroessner do Paraguai e muitos outros assassinos, Natenyahu já chegou ao absurdo de afirmar que “Hitler não queria exterminar os judeus”.
Há um nítido autoconhecimento dos dois sobre as opções ideológicas pelo fascismo, o nazismo e seus métodos. Por isso mesmo, sempre que possível eles se manifestam em favor disso, como no caso da apologia de Bolsonaro aos anos de ditadura que seguiram ao golpe militar de 1964 e a torturados sanguinários como Ulstra.
Netanyahu é o grande responsável por uma política de recrudescimento da repressão contra os palentinos. Na situação atual, os palentinos encontram-se cercados por invasões israelenses em seu território, não conseguem ter acesso a condições básicas de sobrevivência, estão constantemente vigiados pelo exército israelense e pouco podem se locomover. Este conjunto de situações se assemelha justamente ao modelo imposto pelos nazistas na Alemanha sobre os judeus. Talvez isso explique a atitude quase inacreditável do primeiro-ministro do Estado Judeu.
Por mais de uma vez,o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu provocou polêmica pública quando afirmou que o mufti de Jerusalém, Haj Amin al-Husseini, foi quem plantou a idéia do extermínio dos judeus europeus na mente de Adolf Hitler. Essa afirmação é tão absurda e fantasiosa como as que seu “irmão” Bolsonaro costuma utilizar. Netanyahu desenvolveu uma argumentação mirabolante para associar o extermínio de judeus pelos nazistas aos islâmicos.
No domingo Bolsonaro voltou atrás da ideia de mudar a embaixada de Tel-Aviv para Jerusalém, se contentou em anunciar a abertura de um escritório comercial. Mesmo assim, a diplomacia palestina classificou a ação como um agressão direta e convocou seu embaixador no Brasil para explicações. Bolsonaro mais uma vez deixa claro que não defende os interesses do país, uma vez que isso pode afetar a exportação de carne para países árabes e os empregos no Brasil.