No domingo (07/10) foram realizadas as eleições presidenciais no Brasil, onde por meio de uma total fraude a burguesia conseguiu passar o rolo compressor por cima da esquerda. Bolsonaro, apesar de não ser o plano A da burguesia, conseguiu passar para o 2º turno em primeiro lugar, com uma diferença de mais ou menos 19 milhões de votos com o segundo colocado, Fernando Haddad (PT), quase se elegendo para presidente já no 1º turno.
A fraude nas eleições foi totalmente apoiada pela burguesia imperialista que montou todo o esquema de manobra eleitoral, inclusive mandando para o Brasil a Organização dos Estados Americanos (OEA), uma organização controlada pelo imperialismo norte-americano, para legitimar a fraude eleitoral.
É perceptível, entretanto, que Bolsonaro não era o candidato principal do imperialismo, que fez uma dura campanha contra Bolsonaro, até perceberem que não seriam capaz de levar outro candidato para a disputa eleitoral no segundo turno, mesmo com todas as fraudes.
Porém, o atual apoio do principal setor do imperialismo a Bolsonaro não passa de uma mera simpatia para que ele derrote o PT nas eleições. Já para outros líderes da direita europeia, como é o caso do atual ministro do interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, a vitória de Bolsonaro é um grande acontecimento.
“Também no Brasil se muda! Esquerda derrotada e novos ares”, escreveu Salvani no Twitter. E em entrevista em uma rádio local acrescentou: “os ventos estão mudando em todos os lugares”.
Nesta segunda-feira Salvini comemorou a vitória do elemento reacionário de descendência italiana nas eleições brasileiras. Não é algo surpreendente já que os dois são representantes da escória da política internacional.
Sem entrar na questão de todas as atrocidades que já foram ditas e feitas por Jair Bolsonaro, que já são conhecidas pela maioria do povo, vale aqui lembrar que Salvini é o ministro do interior que persegue os imigrantes na fronteira, tratando os seres humanos que fogem da condição que a Itália impôs aos seus países como verdadeiras baratas, que merecem ser esmagadas e estraçalhadas, que segundo ele seria uma defesa da segurança pública – o que mostra mais uma vez a semelhança com Bolsonaro.
“Não entendo alguns jornalistas italianos que chamam de ‘racista-nazista-xenófobo qualquer um que defenda mais ordem e segurança para os cidadãos”
Salvini pertence a um grupo denominado Liga do Norte, que assim como os Bolsonaristas fazem com o nordeste, pregam a superioridade dos nórdicos italianos sobre os sulistas. Isso porque, ao contrário do Brasil, é na parte norte da Itália que existe uma maior industrialização e desenvolvimento. São herdeiros da política do fascista italiano Benito Mussolini, que estabeleceu o primeiro e um dos mais fortes regimes fascistas da história.