América Latina é palco de uma estatística criminosa, violenta e reacionária contra mulheres. Em 25 países da América Latina, com destaque para a Bolívia e quatro países do centro americano, pelo menos 3.529 mulheres foram assassinadas por motivo de gênero.
Foram levantadas pela CEPAL (Conselho Econômico para América Latina) que os países mais destacados na taxa do chamado feminicídio é El Salvador (6,8 cada 100 mulheres), Honduras (5,1 cada 100 mulheres) e Guatemala com 2,0, a República Dominicana (1,9), Bolívia (2,3 para 100 mulheres), Trinidade de Tobago 3,4 mortes para 100 mulheres e Brasil com registro de 1.206 casos de assassinato.
Mulheres são assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. O domínio da sociedade por homens se vê ameaçado pela mínima possibilidade de ascensão da mulher, fora da ação doméstica. Essa situação é derivada do avanço político da direita, dentro e fora dos governos federais.
O sentido de propriedade a que a mulher foi mantida a torna extremamente vulnerável diante dos homens. O capitalismo mantém as mulheres subjugadas às ações masculinas. A mulher, ainda, é subjugada às tarefas escravas do lar, além da criação de filhos. Quando se quebra as correntes, a direita reage de forma violenta.
Medidas paliativas como ensinamentos nas escolas sobre questões de gênero, leis de proteção, núcleos de proteção, etc. não resolvem o problema de conjunto. O eixo do problema é o capitalismo. É preciso que as mulheres se unam em comitês de luta e saiam as ruas para lutar contra o sistema dos golpistas.
Com o avanço da extrema direita na América Latina, o ataque contra as mulheres, de um modo geral, se intensifica na conjuntura atual.