O imperialismo, que vem conduzindo o golpe de Estado dado em 2016, infiltrou uma série de agentes para propagandear o neoliberalismo dentro de espaços historicamente ocupados pela esquerda. Nas principais universidades brasileiras, isso já é uma realidade: “professores” direitistas estimulam atividades para reunir a extrema-direita, utilizam toda a estrutura das universidades públicas para fazer campanha privatista e ainda se propõem enquanto ideólogos de bandos fascistas.
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rodrigo Jungmann, mais conhecido como Pinguim da Privataria, é quem atua com maior empenho para desenvolver uma extrema-direita universitária. Diariamente, o suposto “professor” de Filosofia faz postagens em seu perfil no Facebook atacando a esquerda. Além dos ataques virtuais, o Pinguim da Privataria já promoveu alguns eventos e é um polo de atração de skinheads, neonazistas e eleitores de Bolsonaro.
Em reação às sistemáticas investidas do Pinguim da Privataria contra os setores progressistas da Universidade, estudantes mobilizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE iniciaram uma campanha de denúncia da atuação do direitista. Com pouco tempo, a campanha dos estudantes surtiu efeito e colocou o Pinguim da Privataria na defensiva. Fazendo-se de vítima, o Pinguim diminuiu drasticamente seus ataques à esquerda e solicitou escolta permanente da Polícia Federal.
Se o Pinguim da Privataria simplesmente reconhecesse que é impopular e adotasse esse comportamento esquivo, a UFPE estaria em uma situação muito melhor. No entanto, não é assim que a direita funciona – se sua impopularidade é cabalmente demonstrada, os lacaios da burguesia encontram uma forma covarde de atacar estudantes e trabalhadores.
Pouquíssimo depois de o Pinguim da Privataria publicar várias mensagens de “trégua”, afirmando que não queria confusão e prometendo que não seria candidato a reitor, os infiltrados da direita na UFPE realizaram um de seus ataques mais baixos. Conforme foi denunciado pelo Diretório Acadêmico Francisco Julião – o chamado D.A. de História -, uma carta contendo uma série de ameaças foi posta por baixo da porta de sua sala.
A carta contém uma lista com nomes de vários estudantes e professores da UFPE. Caracterizados como “viados”, “comunistas”, “petistas”, “baderneiros” e “feminazis”, os citados na carta são chamados de “escória” e ameaçados de serem “banidos” da Universidade. No final da carta, lê-se: “o mito vem aí”.
Essa tentativa de intimidação covarde por parte da extrema-direita não pode ser aceita pela esquerda. Diante do aprofundamento do golpe e dos sucessivos ataques nas universidades, é necessário organizar, urgentemente, a autodefesa dos estudantes, professores e toda a comunidade acadêmica.
A extrema-direita não está disposta a “dialogar” ou “argumentar” com os estudantes. Por isso, é preciso formar comitês de autodefesa que protejam os setores perseguidos nas universidades e reajam, na mesma moeda e com intensidade ainda maior, às provocações sofridas. Fora Bolsonaro! Abaixo o golpe!