O Pecim (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares), um programa de carater claramente fascista que procura inteirar o exercito nas instituições de ensino publico civis, esta proximo de implantar sua primeira unidade no estado de São Paulo, atravez da Escola Municipal Matheus Maylasky, na cidade de Sorocaba. A conversão da escola para este modelo do Pecim teve supostamente a “aprovação” de 82% da população do local, isso é claro é de acordo com o deputado bolsonarista Tenente Coimbra (PSL).
Nas palavras do deputado: “Como presidente da Frente Parlamentar pela Implementação das Escolas Cívico-Militares no Estado de São Paulo venho, desde o ano passado, trabalhando com o Ministério da Educação (MEC) e com prefeituras interessadas para que possamos melhorar a qualidade do ensino público por meio deste programa federal.”.
Melhorar a qualidade do ensino público para o tenente seria a retirada do controle civil dessas instituições de ensino, submetendo-as a uma ditadura, o que supostamente aumentaria a nota média no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). De acordo com o Deputado, os professores “comandam”, ou se responsabilizam pela parte educacional, ou seja, dar as aulas. Enquanto os militares, com a proposta principal de resgatar os valores do patriotismo e respeito aos professores, se encarrega da disciplina e administração. Os militares então se colocam como grilhões da educação e atividade escolar, controlando internamente o que é dito em sala de aula pelos professores e o comportamento dos alunos, incluindo a proibição de manifestações e greves, por meio de tal disciplina patriota. Isso é o exemplo mais claro de Fascismo.
As escolas são pontos de fácil radicalização de jovens frente às politicas de direita. Isso se torna claro tanto no passado quanto nos dias de hoje, em meio a pandemia, quando vemos secundaristas organizando greves e piquetes contra as medidas mais direitistas do governo Bolsonaro, se posicionando contra o EAD, a volta às aulas e pela suspensão do calendário escolar de 2020.
A Escola Municipal Matheus Maylasky, em Sorocaba, se ocorrer a conversão, será um avanço da politica de contimento da esquerda estudantil, e um ataque aos setores mais radicalizados entre os Estudantes durante a pandemia e o resto do governo Bolsonaro. Estudantes não podem aceitar o fascismo nas escolas. Não se pode esperar que as eleições resolvam e revertam a situação, pois isso não irá acontecer. Os estudantes tem que compreender a importância da mobilização contra esse tipo de conversão bolsonarista, contra a militarização de qualquer escola em qualquer lugar do País.