Da redação – Jair Bolsonaro, golpista colocado pela direita na presidência por meio de eleições fraudulentas, promoveu um espetáculo grotesco no começo da tarde de hoje (19). O presidente da direita golpista reuniu-se com Donald Trump na Casa Branca, para demonstrar sua disposição de submeter o Brasil aos interesses do imperialismo a troco de nada (ao menos, nada para o país, não se sabe sobre eventuais ganhos pessoais do próprio Bolsonaro). A visita coroou a recente onda de políticas entreguistas de Bolsonaro, com o anúncio da entrega da base de Alcântara, no Maranhão, e o fim da necessidade de visto para a entrada de norte-americanos no Brasil (decisão unilateral sem reciprocidade).
O caso da base de Alcântara é especialmente grave, porque pode deixar as armas dos norte-americanos apontadas para o Brasil de dentro do próprio território nacional. Mas a ameaça não para por aí. Depois do encontro com Bolsonaro, Trump declarou o seguinte à imprensa: “Como disse tenho a intenção de designar o Brasil como um aliado fora da OTAN especial e até um aliado dentro da OTAN, isso poderia melhorar nossa cooperação.”
Isso colocaria o Brasil em uma posição ainda mais subalterna em relação ao imperialismo dos EUA. Haveria uma “cooperação” militar com uma relação hierárquica, em que os EUA prevaleceriam. Ou seja, as Forças Armadas do Brasil ficariam diretamente sob o comando dos EUA, prontas para agir contra os interesses do país a qualquer momento. Em grande medida, as forças armadas dos países atrasados já são cooptadas dessa forma. Mas sob a OTAN isso pode piorar muito mais. A tentativa de golpe na Turquia em 2016 demonstrou o quanto os militares poderiam ficar a serviço de outro país estando na OTAN.