Índice divulgado nesta sexta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, em relação as taxas de mortalidade infantil no País, demonstrou que o estado do Amapá apresentou a taxa mais alta dentre os outros estados no ano de 2019.
A cada 1 mil crianças nascidas e com menos de um ano, o Amapá tem média de 22,6 óbitos. O indicador é o dobro da média nacional, 11,9. É o quinto ano seguido que o estado configura na primeira posição com o maior número de óbitos. O Espirito Santo é o estado com menor taxa de mortalidade infantil, com a média de 7,8 mortes a cada mil crianças menores de 1 ano.
A imprensa capitalista procurou dar destaque a uma ínfima queda na taxa de mortalidade no Amapá, 0,2, em relação ao ano anterior. É uma tentativa de esconder a verdadeira situação de calamidade que vive o estado.
Nos últimos dias, a população do Amapá foi vítima de uma política criminosa por parte do governo golpista e dos capitalistas. Um apagão da energia elétrica impôs uma situação de caos ao povo, isso em plena pandemia do coronavírus.
A falta de energia elétrica, que não ocorreu por acaso, foi consequência da política de privatização do sistema de distribuição de energia, processo iniciado durante o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Um monopólio espanhol, a Gemini Energy, se tornou proprietária majoritária da empresa de distribuição de energia. A falta de manutenção e a política de privatização voltada somente para atender aos interesses financeiros dos capitalistas internacionais levou o estado à escuridão, deixando a população em uma situação extremamente precária.
Não é a primeira vez que se vê no Brasil os esplendorosos resultados para o povo da política de privatização. O rompimento das barragens em Minas Gerais,, administradas pelos capitalistas estrangeiros que controlam a Vale , levando a morte de centenas de pessoas e destruindo cidades inteiras, são exemplos do que verdadeiramente consiste a entrega do patrimônio e da infraestrutura nacional aos monopólios capitalistas.
No caso do Amapá a calamidade se acentua devido a falta de investimentos do governo em serviços básicos de saúde, hospitais, prevenção, médicos, o que reflete no altíssimo número de óbitos infantis. A situação não é restrita ao Amapá, no entanto, mas afeta toda a região norte e nordeste do Brasil. Todos os estados destas regiões ocupam as piores posições nos índices de mortalidade infantil.
A crise econômica que se aprofunda ainda mais por conta da pandemia tende piorar esta situação.
Diante deste quadro é necessário impulsionar a mobilização popular contra o regime golpista. É preciso organizar os trabalhadores para colocar abaixo esta política de miséria e morte.