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Polarização

Amapá e execução de João Alberto: uma situação explosiva no País

Burguesia procura conter essa tendência com demagogia e repressão

O Estado do Amapá, em particular a capital, Macapá, ficou mais de 20 dias sem luz. A população sofreu com um colapso de energia que resultou em que o fornecimento de energia elétrica dura apenas alguns períodos do dia. A população enfrenta um verdadeiro caos. As próprias eleições foram  adiadas porque a burguesia temia perder o controle da situação.

Esse obviamente é um dos resultados da política de devastação nacional promovida pelos golpista e agravada no governo Bolsonaro. A tão propagandeada privatização faz mais vítimas. A iniciativa privada, que assumiu o fornecimento desse bem público no estado, mais uma vez é a responsável pelo sofrimento de centenas de milhares de pessoas.

A situação no Amapá vem preocupando a burguesia e os jornais da imprensa burguesa. Há o medo de que a situação calamitosa resulte em uma revolta generalizada no Estado, podendo inclusive transbordar para o resto do País, onde a situação tende a se repetir.

Outro fato recente que mostrou a tendência à revolta da população foi o brutal assassinato do trabalhador negro, João Alberto, por seguranças – um deles policial militar – da rede monopolista francesa de hipermercados Carrefour, em Porto Alegre. O assassinato de João Alberto, em pleno dia 20 de novembro, produziu manifestações em várias cidades do País.

Em São Paulo, um protesto convocado por organizações do movimento negro colocou fogo em partes da loja do Carrefour no bairro nobre do Jardim Paulista. Outras manifestações apresentaram a mesma tendência à radicalização.

Fica claro que há uma tendência latente de explosão social no Brasil. A burguesia conhece muito bem a situação e procura conte-la.

Nesse momento, a burguesia lança mão da demagogia identitária. Assim que ocorreu a morte de João Alberto, a imprensa iniciou uma sórdida campanha em defesa da “vida dos negros”. É como se casos como o de Porto Alegre não fossem a realidade cotidiana nos bairros do País, realidade promovida pela política dessa mesma direita golpista que coloca a polícia para massacrar a população pobre e negra.

A polarização política no País é um sintoma dessa tendência à explosão social. Por isso, a burguesia se esforça para desfazer a polarização que foi impulsionada por ela mesma quando colocou em marcha o golpe de Estado. A operação nas eleições foi nesse sentido: criar a ilusão, a partir da manipulação eleitoral, de que o País tende ao “centro”.

Os casos no Amapá e em Porto Alegre mostram que essa operação não apenas é artificial como não deve ir muito longe. Tudo indica que, passadas as eleições, o País volte a assistir a enormes mobilizações.

As eleições são uma espécie de narcótico político. Em geral, é o momento em que a burguesia tem o maior controle da situação política. Mesmo assim, não conseguiu conter as tendências à mobilização.

A burguesia conta com a ajuda da esquerda institucional, que se integra na manobra da frente ampla, para conter a crise e se opõe à mobilização combativa da população. Se será bem sucedida, tudo vai depender do desenvolvimento da própria mobilização e da profundidade da própria crise do regime golpista. Se a burguesia não conseguir conter essa tendência, irá lançar mão de mais repressão. Por isso é preciso uma política independente para os trabalhadores, que levantem suas principais reivindicações e coloque em xeque o próprio regime golpista.

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