Neste domingo, 7 de abril, a prisão ilegal do ex-presidente Lula completará um ano. Em razão disso, dezenas de manifestações ocorrerão em todo o mundo para exigir a liberdade do maior líder popular do país.
A prisão de Lula é uma necessidade para os golpistas que tomaram o regime político de assalto. Para que o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, fosse aprofundado e a extrema direita conseguisse assumir o poder e dar continuidade aos planos de destruição da economia nacional e ataques às condições de vida e trabalho de dezenas de milhares de brasileiros, Lula precisava ser, de alguma forma, neutralizado, perseguido e alijado da vida política.
Uma intensa campanha anti-corrupção foi feita para tentar destruir o apoio que Lula recebia da população. Isso, contudo, não deu resultado: cada vez mais, foi ficando óbvio que Lula era um perseguido política, e sua popularidade só cresceu desde então. As investidas da direita contra Lula não pararam. Em 2016, Lula foi nomeado ministro de Estado por Dilma Rousseff, mas foi impedido de assumir pelo judiciário golpista, para que não usasse sua influência contra o golpe de Estado.
Depois de muita perseguição, uma condução coercitiva ilegal e uma série de outras arbitrariedades, Lula foi condenado sem provas pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro e em segunda instância pelo TRF-4. Poucos meses depois, seu habeas corpus foi “julgado” pelo STF, que pisoteou – nesta e em outras oportunidades – a Constituição Federal. Na verdade, quem “julgou” Lula (ou impediu que fosse votada qualquer decisão que pudesse lhe beneficiar, como agora ocorre) foi sempre o comando das Forças Armadas, que – em mais de uma situação – ameaçou dar um golpe militar se Lula fosse beneficiado por qualquer decisão do judiciário.
Lula então foi preso e, posteriormente, impedido de se candidatar nas eleições de 2018, tornando as eleições um processo totalmente fraudulento. Dessa forma e diante da crise total dos partidos e candidatos tradicionais da burguesia, a direita pôde colocar Jair Bolsonaro na presidência, e Sérgio Moro foi recompensado com o cargo de ministro da Justiça.
A liberdade de Lula é uma reivindicação central da luta contra o golpe, que se vê reforçada pela enorme crise do governo Bolsonaro, diante da crescente revolta popular contra as medidas de ataque do regime golpista e do agravamento das condições de vida já precárias da maioria do povo brasileiro.
Para defender seus interesses diante do avanço da crise, os trabalhadores e todos os explorados precisam colocar abaixo o governo Bolsonaro e todo o regime golpista, nessa luta a participação da maior liderança popular do País é fundamental. Por isso, é preciso libertar Lula e todos os presos políticos. Libertar Lula, portanto, fortalecerá o movimento de luta contra o golpe, dando-lhe força suficiente para colocar abaixo todo o regime antipopular e pró-imperialista.
Por isso, é preciso sair às ruas neste domingo e exigir a liberdade imediata do ex-presidente Lula.
