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Economia

Alta no preço dos alimentos é culpa do golpe e do latifúndio

Enquanto o país experimenta uma alta no preço dos alimentos, que piora as condições de vida das famílias, os latifundiários desfrutam de bilhões de reais de financiamento público.

O aumento no preço dos alimentos tem relação com a política agrícola implementada no país, voltada ao favorecimento dos interesses do latifúndio exportador em detrimento do abastecimento do mercado interno, realizado pelos pequenos produtores da agricultura familiar.

Nas últimas décadas, as culturas da soja e milho para exportação cresceram exponencialmente. Já o plantio de arroz e feijão, gêneros alimentícios básicos na mesa das famílias brasileiras, decaiu progressivamente. Os produtores relatam as vantagens advindas do cultivo de soja e milho, como a garantia de preços fixados no mercado futuro (Bolsa de Chicago), crédito e facilidade na troca de uma parte da produção pelos insumos necessários (fertilizantes, defensivos e sementes). No caso do plantio de arroz e feijão, verifica-se uma série de desvantagens, como baixo preço das safras, altos custos de produção e dificuldade de acesso ao crédito.

Mais de 30% do milho e 60% da soja cultivados no Brasil são exportados principalmente para os chineses. É de se notar os bilhões de reais são destinados ao latifúndio através do Plano Safra. Para o período 2020/2021, o governo Jair Bolsonaro disponibilizou R$ 263,3 bilhões para os latifundiários.

Os latifundiários possuem grande influência sobre as decisões governamentais. Em diversos estados, seus representantes políticos governam diretamente, como em Goiás. No Congresso, a bancada ruralista, agrupada na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), tem mais de 200 deputados. Os ruralistas são um dos pilares de sustentação do governo Jair Bolsonaro. Contudo, eles não gostam de serem chamados de latifundiários, preferindo o termo agronegócio.

O golpe de Estado de 2016 implementou uma série de políticas de ataques as pequenos produtores, aos assentamentos dos sem-terra e trabalhadores rurais, que produzem cerca de 70% dos alimentos consumidos no país. Os ruralistas foram fundamentais na articulação política golpista.

O latifúndio exportador sobrevive dos bilhões de reais em subsídios estatais. Contudo, estes não contribuem em nada com o desenvolvimento econômico do país, uma vez as monoculturas destroem as terras e também mantém no atraso a indústria. O imperialismo mundial reserva ao Brasil a estreita função de exportador de matérias-primas e commodities agrícolas. É de se destacar que os latifundiários são um dos setores mais politicamente reacionários da sociedade brasileira, apologistas do assassinato dos sem-terra no campo e financiadores de milícias de pistoleiros para proteger suas fazendas.

A crise no preço dos alimentos, que assola milhões de brasileiros, é de responsabilidade dos latifundiários golpistas. Com a política agrícola voltada para a exportação de commodities, soja e milho, os produtores familiares ficam à beira da falência. O Estado brasileiro financia a monocultura exportadora e abandona na miséria os produtores dos alimentos consumidos no país.

 

 

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