O sistema capitalista aperfeiçoou os métodos de opressão às mulheres, em todo o mundo. A repressão a elas é, diariamente, reforçada pelo imperialismo. Um bom exemplo é o pilar da dominação dos Estados Unidos no Oriente Médio: a Arábia Saudita. As leis locais demonstram um ataque brutal as sauditas, as impondo um literal “sistema de tutela masculina”.
No começo deste ano tornou-se público o caso de Rahaf Mohammed al-Qunun, uma jovem, de 18 anos, que fugiu do Kuwait, onde vivia com sua família, pelos recorrentes abusos que sofria do pai e irmãos, ao renunciar ao Islamismo. Ela se trancou em um quarto de hotel localizado em Bangcoc, na Tailândia e se negou a ser deportada, alegando risco de vida, uma vez que sofria recorrentes ameaças de morte vindas de seus familiares. Obviamente a imprensa burguesa não denunciou a origem desses ataques brutais -o sistema capitalista que reprime brutalmente as mulheres- e tratou o caso com demagogia.
Na Arábia Saudita todas as decisões importantes, que deveriam competir apenas as próprias mulheres, são tomadas por seus pais, irmãos, maridos ou filhos. Necessita de aprovação de um desses responsáveis, por exemplo, a solicitação de passaporte, bem como viagens internacionais, além de casamento, estudo e, até mesmo, direito a sair de uma prisão ou abrigo para vítimas de abuso.
Em 2000 ocorreu a Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, ratificada pela Arábia Saudita. O “reino”, mentirosamente, assegurou a igualdade de gênero através de leis islâmicas baseadas no Alcorão: a Sharia. O que a realidade demonstra, porém é que vêm ficando cada vez mais acentuas as práticas de opressão as mulheres. Até hoje não há um conjunto de leis específicas que assegurem os direitos delas. Apenas no ano passado, por exemplo, as islâmicas conquistaram o direito básico de dirigir um veículo no país.
É importante a compreensão de que apenas a derrubada total do sistema capitalista garantirá as mulheres a plena igualdade de direitos. É importante, evidentemente, que sigam lutando pelo fim do sistema de tutela do regime machista que é o capitalismo, que as impede de ter acesso aos direitos fundamentais.