O PIB da China avançou 6,1% em 2019, menor crescimento em 29 anos.
Embora ainda forte pelos padrões globais, e dentro da meta fixada pelo governo, foi a expansão mais fraca desde 1990.
O colapso mais completo do capitalismo já se avizinha. A China que “salvou” mal e porcamente o regime do capital nestes últimos anos, toca a trombeta para uma nova e mais poderosa crise global do capitalismo, na esteira da crise de 2008, que, por sua vez, nada mais é do que o resultado da crise de 1974.
O mistério para se entender a China já se anuncia. Este país não foi apenas mais uma economia “emergente” que vivenciou um forte crescimento e que, agora, está momentaneamente se esforçando para conter seus excessos.
Certo também que não se trata de mais uma economia que incorreu em uma farra de investimentos errôneos em ativos fixos, como imóveis, e que agora quer fazer uma transição para algum tipo mais “normal” de economia, como uma baseada no consumo. Nada disso.
A China é uma das últimas fronteira de toda essa grotesca aberração econômica que se conheceu como capitalismo. Eis aí o resultado do híbrido criado pelo imperialismo e a burocracia chinesa que começa a dar sinais de envelhecimento acelerado como aqueles velhos vampiros com estacas no peito.
A economia chinesa é hoje uma mistura maluca de “empreendedorismo” de livre mercado, de investimentos subsidiados e dirigidos pelo Banco Central, de neoliberalismo desenfreado. Um monumento carcomido ao capitalismo caduco.
A notícia de uma desaceleração do crescimento da China, que junto a crise global do capitalismo acende a luz “vermelha” no Mundo.
A OCDE prevê maior desaceleração da economia mundial. Segundo as previsões da OCDE, o crescimento mundial ficará muito abaixo do ano anterior o que porá lenha na fogueira do acirramento da guerra comercial entre EUA e China.
Fato é que o FMI é ainda mais catastrófico. Alerta que a escalada protecionista ameaça toda uma geração atual de todos os países do Globo. Advertiu sobre as perspectivas “sombrias” de convergência para cerca de 40 Estados imediatamente.
Acresce-se ao caráter disruptivo da situação chinesa o fato de a dívida total (pública e privada) de um país que explode de US$1 trilhão alcançar a cifra de US$25 trilhões em apenas 14 anos, eis o resultado do caminho trilhado entre a burocracia e o imperialismo.
Diante disso, encurtam-se as margens de manobra do imperialismo. Não há saída para a China ou qualquer outro país sob o capitalismo. Só a classe operária num levante mundial poderá por fim ao regime de exploração e miséria imposto pelo imperialismo ao mundo.