Repetidamente, setores que compõem a ala direita da esquerda nacional, como é o caso do governador maranhense Flávio Dino (PCdoB), têm vindo a público discutir as eleições de 2022. Segundo esses setores, seria necessário articular uma frente capaz de derrotar a extrema-direita eleitoralmente daqui a três anos. A grande pergunta que deve ser feita, no entanto, é: estaremos vivos daqui a três anos? No que depender de Bolsonaro, os servidores públicos irão morrer de fome.
Em entrevista ao jornal O Globo publicada no dia 17 de agosto, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, declarou que deveria haver “menos concursos” e que o salário dos servidores fosse congelado por três anos. Trata-se, portanto, de mais uma declaração de guerra do governo Bolsonaro contra todos os trabalhadores.
Os servidores públicos já vêm sendo sabotados de muitas maneiras desde o governo Temer, incluindo perseguições políticas. Programas de demissão voluntária, privatizações, terceirizações, entre tantos ataques, passaram a fazer parte da rotina dos servidores.
A possibilidade de ficar com o salário congelado por três anos – ainda mais durante um momento de grave crise econômica – deve ser rejeitada energicamente pelos servidores. É preciso que se juntem aos trabalhadores e a todos os setores que estão sendo esmagados pela derrubada do governo.
A palavra de ordem de “fora Bolsonaro” precisa ganhar as ruas de vez. Ou a direita é derrotada e o governo, derrubado, ou a burguesia irá organizar uma ofensiva duríssima contra todos os direitos da população.