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Não à escravidão

Alemanha: operários dos frios com jornadas de 13 horas e doenças

Contágio em frigoríficos na Alemanha chegam a 1.500 em uma única fábrica, os patrões não recebem atestados médicos e os horários de trabalho superam 13 horas por dia

Os capitalistas do setor de frigoríficos são os senhores de engenho do século XXI, em todo o mundo. É o que mostra o relato da DW de ontem (26) sobre frigoríficos na Alemanha.

Os escravos, indo de vários países para a Alemanha, como Polônia, Romênia, e Bulgária, por exemplo, e que trabalham em frigoríficos têm jornada de trabalho de 13 horas ou mais, vivem em condições sub-humanas, como alojamentos apertados, etc..

Os patrões da Alemanha, assim como nos EUA, França, etc., utilizam-se de mão de obra de outros países através de empreiteiras e, dentro das indústrias sempre têm os carrascos que fazem lembrar o período da escravidão. Falta pouco para colocarem argolas no pescoço, ou mesmo nos tornozelos dos trabalhadores.

Agora, os donos de frigoríficos da Alemanha, também estão deixando com que haja em suas fábricas uma contaminação enorme de trabalhadores, pelo coronavírus. No sábado passado (20/06), por exemplo, o maior frigorífico da Alemanha, pertencente ao Grupo Tönnies e localizado no estado da Renânia do Norte-Vestfália, foi fechado por 14 dias após a eclosão de um surto de covid-19. Três dias depois, após mais de 1.500 trabalhadores terem testado positivo para o novo coronavírus, o governo estadual ordenou a suspensão parcial da vida pública no distrito de Gütersloh, onde a fábrica está localizada, e no vizinho distrito de Warendorf.

Antes disso, ao menos outros quatro frigoríficos do país haviam sido palco de surtos de covid-19, chamando a atenção para as condições de trabalho e moradia precárias dos trabalhadores, a maioria estrangeiros vindos principalmente da Polônia, da Bulgária e da Romênia e contratados por intermédio de empresas terceirizadas. (DW – 26/06/2020)

O Artigo do DW relata uma entrevista sobre um operário que trabalhava no frigorífico do grupo Tönnies, localizado no estado da Renânia do Norte-Vestfália.

“O frigorífico era muito frio e úmido, e as esteiras andavam muito rápido. Ouvi colegas chorando no alojamento à noite porque estavam com dores terríveis, suas mãos estavam inchadas…

Quando os fiscais vinham, a velocidade da esteira era diminuída, tornando o nosso trabalho mais leve. Mas era sabido quando haveria fiscalização. Por que não se fiscaliza sem avisar antes? Aí os fiscais poderiam ver qual era realmente a situação.”

Patrões obrigavam os trabalhadores a ficarem calados

“Disseram para não falarmos nada: ‘Quando a fiscalização chegar, digam que não falam alemão.’ Apesar de alguns de nós falarmos.”

No frigorífico, um ambiente totalmente insalubre, era proibido ficar doente

“Quando estávamos doentes, era muito ruim. Os supervisores gritavam que não deveríamos aparecer com atestados médicos. Uma vez, quando eu estava bem resfriado, o que acontecia facilmente por trabalharmos no frio, gritaram comigo, e isso bastou para mim. Foi quando eu parei.

Nem sempre os alojamentos eram limpos, mas, era sempre muito apertado, às vezes moravam 10, 12 ou até 14 pessoas num único apartamento.

– O senhor tem contato com antigos colegas que ainda trabalham para o Tönnies?

Sim, com dois colegas que estão agora em quarentena. Eles contaram ter recebido comida e água suficientes. Mas estão muito apreensivos, não sabem como as coisas vão continuar. Um deles tem tido problemas de saúde há muito tempo, mas ele diz estar bem – pelo menos por enquanto.”

Apesar de a Alemanha ser um dos países mais desenvolvidos do mundo, a classe operária vive na miséria, com os trabalhadores sendo tratados como verdadeiros escravos, a ponto de ter carrascos gritando e xingando os operários, obrigando-os a realizarem horas-extras, etc.. Mostrando, para quem quiser ver, que o tratamento dado aos trabalhadores é o mesmo, até mesmo no “melhor dos mundos possíveis” do capitalismo.

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