Após 18 no poder, Angela Merkel passou a liderança do União Democrata-Cristã para Annegret Kramp-Karrenbauer, uma aliada, como forma de manter sua liderança no partido e impedindo que uma ala emergente, representada por Freidrich Merz, assuma.
Merkel está no seu quarto mandato como Chanceler da Alemanha, e enfrenta, cada vez mais com dificuldade, uma crise política em seu país. A ala de extrema-direita cresce em seu partido assim como na país inteiro. Cada vez mais os fascistas alemães ganham espaço na política. A tática centrista que o imperialismo alemão leva desde o final da Segunda Guerra Mundial para conter o crescimento da esquerda, não consegue mais impedir o descontentamento popular com as políticas neoliberais do governo Alemão, e o crescimento da extrema-direita.
Na França, Macron cambaleia manifestação após manifestação. O que começou com os Coletes Amarelos protestando contra o aumento do preço do diesel, agora já engloba os mais vastos setores populares franceses: imigrantes, asilados, operários e estudantes. Embora a esquerda parlamentar mantenha uma política oportunista e medrosa, diante uma possível queda do regime político, os movimentos operários continuam se mobilizando e levando a situação para o polo da esquerda.
As crises que enfrentam os principais pilares da política do imperialismo europeu demonstra como a crise econômica, iniciada em 2008, está polarizando a política mundial. Ao passo que o fascismo cresce, principalmente na Alemanha, na Itália e na Espanha, o movimento operário se insurge e passa para uma política ofensiva em países como a Inglaterra – encabeçada por Corbyn, político ligado aos sindicatos ingleses – e na França.
O alto clero, se assim podemos classificar a parcela mais influente da burguesia internacional, está preocupado com a fragilidade da situação política na França e na Alemanha, cujo o desmantelamento poderia significar a perca do controle político em toda Europa, e uma crise irreversível com consequências imprevisíveis.