Segundo estudo da organização internacional do trabalho, as mulheres ganham salários em média 17% inferiores aos dos homens com o mesmo nível educacional na América Latina. O número de participação das mulheres em trabalhos remunerados, que vinha aumentando nas últimas décadas, desacelerou após o ano 2000.
Além de participação menor no trabalho e salário inferior, as mulheres são submetidas a condições de trabalho inferiores aos dos homens, mesmo com um nível educacional superior aos dos homens, já que ofertas de serviço como os de trabalhos domésticos e de limpeza são ocupados geralmente por mulheres.
Para piorar a situação, o desemprego que segundo o governo golpista diminuiu, está na casa dos 11,8 milhões de trabalhadores no número oficial (O número de bicos e trabalhos informais já atinge 41,3 milhões), sendo que o número de pessoas desocupadas ou que trabalham menos do que gostariam chega a 28,5 milhões de pessoas. Sendo que dentro desses índices, o número de mulheres é superior ao número de homens.
Outro fator que pesa na questão é o fato de praticamente 80% do trabalho doméstico se restringir a pessoas do sexo feminino, o que aumenta em muito a carga de trabalho diário e faz com que muitas mulheres não tenham condição de trabalhar fora de casa, diminuindo em muito a renda familiar que vem caindo e muito desde o golpe de estado.
A queda na qualidade de vida, o aumento do desemprego das mulheres e a piora das condições de trabalho são resultado da crise capitalista e do golpe de estado sofrido pelo Brasil e por outros países da América Latina. É necessário enfrentar o golpe, exigindo o “Fora Bolsonaro”, só assim os direitos dos trabalhadores poderão ser assegurados e ampliados.