Na madrugada deste domingo, dia 2 de agosto, beneficiários do auxílio emergencial que desejavam atendimento na Caixa Econômica nesta segunda-feira, dia 3 de agosto, formavam fila em frente a uma agência de Bangu, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na noite do dia 2 para o dia 3, foi registrado a temperatura de 12,1°C na estação da Vila Militar, tornando a madrugada deste dia 3 de agosto a mais fria deste inverno de 2020 no Rio de Janeiro, a qual os beneficiários do auxílio emergencial tiveram de enfrentar sem qualquer infraestrutura.
Está claro que o auxílio emergencial pelo seu valor pífio é uma verdadeira humilhação aos beneficiários, que ainda constam com um atendimento sem infraestrutura que os obrigar a passar dias a fio em uma filas para muitas vezes não receber nada. O tratamento dispensado aos cariocas é um bom exemplo de desprezo, eles tiveram que ficar desprotegidos na noite mais fria do ano nessas verdadeiras filas da fome.
Esse auxílio emergência com valor risível, com processo onde uma parcela expressiva dos trabalhadores mais humildes são excluídos por não conseguirem realizar o cadastro exigido e outra parcela que consegue realizar o cadastro tem o benefício negado ou nunca apreciado é um escárnio contra a população, martirizando os setores mais humildes.
Frente a todo esse desdém do governo federal com a classe trabalhadora, o povo tem todo direito e até mesmo o dever de se revoltar com esse tratamento dispensado pelo Estado, que zomba da população no seu momento de maior aperto.
Essa situação criada pelo governo federal diante da pandemia de covid-19, é visivelmente um genocídio, com saldo de mortes que já atingiu proporções de uma Hiroshima, com suas 94.671 mortes por covid-19. Entretanto existem outras epidemias que como a pandemia de covid-19 crescem assustadoramente no Brasil, são as epidemias de miséria e fome, e também cobram um taco ainda maior que a covid-19 de vidas das parcelas mais desabonadoras da população.
O papel que a esquerda deve assumir neste momento é claro, ela deve alocar toda suas forças no sentido de chamar a população a tomar as ruas com o Fora Bolsonaro, pressionando firmemente o poder público no processo. Essa mobilização popular é a única saída deste cenário dantesco que nos encontramos, sem mobilização a população não só continuará a ser destratada e humilhada, açoitada pelo frio, pelo novo coronavírus e pela a fome que aumenta a cada dia, nesse ritmo a população pagará uma conta ainda maior de vidas.