O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se réu em processo movido pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro, além de recebimento de dinheiro para caixa dois da empreiteira Odebrecht.
A acusação se refere às campanhas eleitorais de 2010 e 2014. Segundo a Promotoria, o político tucano teria recebido R$ 2 milhões da Odebrecht na campanha realizada há dez anos atrás e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição em 2014. Depoimentos de delatores, planilhas da Odebrecht e dados armazenados foram anexados como provas no processo.
A Operação Lava-Jato procura se reciclar ao processar políticos de direita. A ideia é vender a imagem de que há imparcialidade nas investigações e de que não se trata de uma operação voltada para perseguir a esquerda e interferir nos resultados das eleições. A acusação contra os políticos tucanos é uma peça de propaganda, no sentido de tentar limpar a imagem da operação, uma vez que foram reveladas as ligações dos promotores com o FBI.
As perseguições vão se voltar contra a esquerda, em especial o Partido dos Trabalhadores (PT), no sentido de cassar as candidaturas de esquerda e permitir que a extrema-direita assuma o controle das principais prefeituras do país. A acusação contra os tucanos, já desmoralizados diante da opinião pública, atende aos interesses políticos da extrema-direita.