Na manhã desta segunda-feira, dia 11, um jovem de 21 anos morreu espancado por guardas municipais na Zona da Mata de Alagoas, mais especificamente na cidade de Branquinha. O corpo de Pedro Alves dos Santos foi reconhecido pela mãe no Instituto Médico Legal (IML) por causa da cueca e da tatuagem no braço com o nome da esposa dele.
Sabe-se que antes de morrer, ao ser abordado pelos agentes, o rapaz mentiu sobre sua identidade, em função de já ter passagem pela polícia, passando-se por seu irmão mais novo. Mas a tática não adiantou. Mesmo ocultando seu nome, os guardas o atacaram brutalmente, demonstrando que a polícia e seus estagiários, como as guardas civis, são instituições que treinam seus servidores a agirem de forma violenta com qualquer pessoa, inclusive com inocentes.
No caso de Branquinha, os guardas agressores foram presos, mas imediatamente soltos, pois uma nova versão da história surgiu indicando que, na verdade, o jovem morreu em função de um suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Ou seja, a típica estratégia policial para acobertar os crimes de seus agentes.
É importante ter isto bem claro em mente: trata-se da política tradicional da polícia bolsonarista, primeiro atira, depois justifica, fato este que tende a se agravar, com as medidas propostas pelo Ministro da Justiça Sérgio Moro, permitindo legitimar assassinatos como este em casos de “escusável” medo, surpresa ou violenta emoção.