Na última quinta-feira (13/09), o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) indeferiu as candidaturas do Partido da Causa Operária (PCO) no Estado de Alagoas. O judiciário alagoano, golpista como em todas regiões do País, comprovando que está em uma ofensiva para perseguir as únicas candidaturas de luta contra o golpe no Estado.
A desculpa utilizada pelos golpistas sobre questões administrativas e burocráticas são apenas uma cobertura para disfarçar a perseguição política. Até porque, mesmo dentro da lei, seria uma perseguição política. As leis criadas pelo Congresso golpista ou normas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reproduzidas pelas instâncias regionais, foram feitas justamente para garantir as candidaturas de partidos da burguesia ou que servem à burguesia, enquanto são utilizadas para reprimir as candidaturas operárias, combativas ou que simplesmente representam um inconveniente para um determinado setor da burguesia que controla determinado setor do judiciário.
O objetivo do estado capitalista é servir aos interesses da classe dos capitalistas, a burguesia. Portanto, para eles, um partido abertamente contra o golpe e revolucionário não pode ter nenhum direito garantido. Já são vários estados nos quais as candidaturas do PCO foram indeferidas. Em alguns lugares, uma simples panfletagem pode levar à multas na casa das centenas de milhares de reais.
Entretanto, o PCO, assim como não se curvou diante do golpe de estado e da direita fascista, não irá se curvar diante da arbitrariedade de juízes à serviço da cassação dos direitos democráticos dos opositores do regime golpista. O PCO está nas eleições justamente para denunciar os golpistas e o controle e manipulação das eleições pela direita, e por isso irá levar suas candidaturas até o fim, com recursos e demais medidas necessárias e, principalmente, manterá sua campanha, sejam quais forem as condições contra o golpe e pela liberdade de Lula.