Na última terça-feira em evento na Universidade de São Paulo (USP), foi apresentada uma então frente em defesa da educação, composta por ex-ministros da educação. Em grande medida, essa frente é composta por elementos nitidamente direitistas e que em suma não representam de fato os interesses dos trabalhadores e muito menos da juventude, que tem sido fortemente atingida pelo governo Bolsonaro.
Mais precisamente, esta é uma frente aliada ao PSDB, que tem apenas uma serventia que é a de reerguer o partido golpista, demonstrando cada vez o avanço da ala direita do PT, representada por Fernando Haddad, que tem estreitado relações com setores golpistas. No primeiro momento, o equívoco já está em levar adiante uma política inócua por meio das instituições golpistas e pior, alinhada com a direita inimiga da população.
Para se opor ao governo Bolsonaro, é nítido que a direita é mais do que dispensável, é fato também que em nada colaboram nessa luta e sim atrapalham, logo não há lógica compactuar com quem está do lado dos golpistas. Para derrotar o bolsonarismo e avançar na luta, é preciso estar nas ruas, mobilizando para que se tenha ainda mais atos massivos que colocam o bolsonarismo na corda bamba.
Dessa maneira, não é a esquerda se alinhando com a direita que o governo Bolsonaro será derrotado, mas sim com a população que já tem ido as ruas desde o dia 15 de maio. É preciso impulsionar a luta no sentido de derrubar o governo ilegítimo de Bolsonaro, chamar por eleições gerais, ir as ruas pela liberdade de Lula e exigir o mesmo como candidato, é dessa maneira que a luta deve ser conduzida para que seja efetiva.