Da redação – Estão neste momento posicionados na fronteira do Brasil com a Venezuela, na cidade de Pacaraima (RR), duas camionetes com enganosa “ajuda humanitária” para os venezuelanos, que dizem carregar somente oito toneladas de produtos.
Oito toneladas não são nada perto do que o governo venezuelano entrega através dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP) a mais de 6 milhões de famílias a cada mês. Em um único dia, são 4.479 toneladas de 18 produtos da cesta básica ampliada entregue pelos CLAP.
É ridícula essa “ajuda humanitária”. A imprensa diz que são caminhões, mas as próprias imagens mostradas por essa mesma imprensa demonstram que são pequenas camionetes, e são apenas duas. Segundo a imprensa golpista, o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro diz que, no total, serão 20 camionetes, mas isso continua sendo uma “ajuda” ínfima, o que evidencia que não se trata de uma ajuda, mas de pretexto para desestabilizar a situação na fronteira e invadir a Venezuela.
Ou seja, o que o Brasil diz enviar à Venezuela não é ajuda humanitária, a Venezuela não precisa de tal esmola. O mesmo vale para o que os Estados Unidos dizem quererem enviar para o país caribenho a partir da fronteira com a Colômbia, que são cerca de 90 toneladas.
Além disso, na semana passada a Venezuela recebeu 933 toneladas de remédios através de uma cooperação com Rússia, China e Cuba. Esta semana, a Rússia enviou mais 300 toneladas de alimentos para os venezuelanos.
Fica claro que o que o Brasil está enviando a mando do imperialismo não é ajuda humanitária, mas, como fazem os colombianos, esta “ajuda humanitária” tem por trás uma tentativa de invasão militar do país.
Bolsonaro, Trump e Iván Duque (presidente da Colômbia) são todos elementos fascistas, que defendem a tortura, a perseguição política, o arrocho, a destruição de direitos trabalhistas, o bombardeio de outros países e uma política de fome para seus próprios povos. Eles não querem ajudar o povo venezuelano, querem submeter o país, derrubar o governo legítimo de Maduro para entregar suas riquezas naturais às grandes petrolíferas e mineradoras internacionais.