Dentro de 10 dias ocorrerá a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe, convocada pelo PCO e pelos comitês de luta contra o golpe de todo o País.
Às vésperas das eleições, em meio a uma profunda crise política e social, o País está diante de um impasse. É um momento de reflexão para a luta contra o golpe que se iniciou em 2015-16 e cresceu e se desenvolveu nos últimos anos à medida que se desdobravam cada novo ataque do governo golpista e culminou com a prisão de Lula.
Nesse período, levantaram a cabeça milhares militantes de esquerda, sindicalistas, lutadores dos conflitos sociais da cidade e do campo e uma parcela expressiva de ativistas que se movimentaram pela primeira vez para enfrentar o golpe de Estado. É o momento para tirar conclusões e organizar a luta do próximo período, que não se resume de maneira nenhuma às eleições.
A questão Lula, preso e praticamente incomunicável, é central para que o golpe de Estado possa seguir adiante com os seus ataques aos trabalhadores. No entanto, mesmo nestas condições, com todas as manobras da burguesia, ele é líder nas pesquisas, o que mostra a crise do golpe.
Essa é a importância da Conferência Nacional Aberta, um fórum para a discussão política e a organização de um plano de lutas, um programa de ação, contra o golpe de Estado.
Nosso Partido redigiu um conjunto de teses para a conferência, tratando da situação política e das tarefas organizativas da luta contra o golpe. Nossa contribuição ao debate visa fornecer uma análise dos problemas centrais da situação política, apontar conclusões para a ação. A principal delas, é preciso destacar, é a realização de uma greve geral política, um eixo de aglutinação das forças do movimento operário e camponês, democrático e progressista, pela derrubada dos golpistas e a abertura do caminho para um novo tipo de poder, apoiado na classe trabalhadora e nas suas organizações de luta, sem patrões, sem banqueiros, sem golpistas.
É este o nosso principal objetivo: agrupar a vanguarda da luta contra o golpe e abrir o caminho para a derrota dos golpistas. Ao debate!