Nesta sexta-feira (25), ocorreu o segundo dia de protestos promovidos pelos agricultores indianos contra propostas de lei enviadas por Modi ao Parlamento. Eles bloquearam estradas ruais e ferrovias em todo o país. As três propostas do governo visam desregulamentar o comércio de commodities agrícolas.
Os agricultores alegam que as medidas vão deixá-los à mercê do agronegócio corporativo, isto é, das grandes empresas de exportação agrícola. O governo aproveita-se da pandemia para levar adiante medidas de ataque aos agricultores indianos, dizem eles.
Atualmente, produtores agrícolas têm uma segurança mínima em suas vendas, pois a empresa estatal Food Corporation of Índia (FCO) é obrigada por lei a comprar uma cota mínima da produção a preços estabelecidos pelo governo. Um retorno mínimo é garantido. Os estados de Punjab e Haryana são os principais produtores de grãos do país.
As medidas de Modi removem o papel da FCO e permitem que os agricultores fiquem vulneráveis às pressões e interesses das poderosas empresas agrícolas internacionais. O capital financeiro e os bancos apoiam as medidas de Modi que, segundo eles, promovem o livre mercado.