Na noite do último dia 17, os militantes pela liberdade de Lula, que estavam se deslocando para o novo local do acampamento contra o golpe em Curitiba, foram atacados por milícias fascistas, que traziam consigo barras de ferro. Segundo o presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, as autoridades paranaenses haviam garantido que fariam a segurança das pessoas durante mudança do local de acampamento.
Esse acontecimento comprova, mais uma vez, duas questões importantes para ser compreendidas na luta contra o golpe. A primeira é que a direita, que precisa impor uma grande derrota aos trabalhadores para conseguir levar adiante o pacote de atrocidades do imperialismo, está disposta a qualquer coisa para manter o controle do Regime Político. Isto é, se for possível derrubar a presidenta da República por meio das “instituições”, a direita assim fará, como o fez em 2016. Se, por outro lado, a única forma de desmobilizar os trabalhadores for por meio da força, a direita também fará, como no caso dos ataques à caravana do ex-presidente Lula.
Diante do impasse em que se encontra o imperialismo, que não conseguiu ainda aprovar a Reforma da Previdência, que precisou lançar mão de um golpe militar virtual para vencer uma votação no STF e que não tem nenhum candidato capaz de vencer, nas eleições que ocorrerão em outubro, uma pessoas que está presa, é de se esperar que atentados como estes sejam cada vez mais frequentes e intensos.
Uma segunda lição importante é de que as “autoridades”, isto é, o Judiciário e a polícia, nada farão para garantir a segurança dos trabalhadores. Ambos são integrantes do regime controlado pelos golpistas, e apenas trabalharão no sentido de cumprir as tarefas que o imperialismo determinar. Por isso, a única saída para fazer a extrema-direita recuar é a organização dos trabalhadores.
As eleições deste ano, caso ocorram, serão uma arena de combate entre uma população ferida, revoltada contra o governo golpista, e a direita sanguinária, que possui capangas em todo o Brasil para intimidar os trabalhadores. Mais do que nunca, a mobilização de todos os setores democráticos e dos trabalhadores é fundamental para garantir que a fraude que está sendo preparada para as eleições não permita o aprofundamento do golpe.