Na partida de ida da semi-final da Copa Libertadores da América, ocorrida nesta quarta-feira em Porto Alegre, o principal jogador não foi nenhum dos 22 que entraram em campo, mas, mais uma vez, o arbitro de vídeo, o VAR. O jogo disputado entre os clubes brasileiros, Grêmio e Flamengo, terminou no empate, 1 a 1. Todavia, o árbitro de vídeo interferiu no resultado, anulando três gols do clube carioca.
Os atacantes Everton Ribeiro e Gabigol tiveram seus gols anulados pelo juiz argentino Nestor Pitana, com auxilio do VAR.
Independente dos erros e acertos, a atuação do árbitro de vídeo, denominado corretamente de “vídeo para arrumar resultado”, é um verdadeiro instrumento de manipulação dos resultados, pois o mesmo é controlado externamente pelos cartolas, empresários e a própria imprensa golpista que detém o controle das imagens. Ou seja, o VAR possibilita a manipulação aberta dos jogos a favor dos interesses daqueles que comandam economicamente o esporte.
Isto pode ser visto claramente na Copa do Mundo, onde o VAR foi o jogador decisivo para a vitória da seleção francesa. Em outros jogos, como em uma partida entre Atlético Paranaense e Flamengo, pelo campeonato brasileiro, o VAR causou uma situação grotesca, parecida com a da última quarta-feira, anulando nada mais, nada menos, do que quatro gols do clube paranaense.
Em nome de impor um “código de ética” no futebol, por meio do árbitro de vídeo, aqueles que detém o monopólio econômico deste esporte, que lucram valores bilionários todos anos, têm caminho aberto para estabelecer quais resultados poderão lhes favorecer. Em resumo, é a morte do futebol.
É preciso fazer uma campanha entre jogadores e torcedores contra o VAR. Exigir o fim desse instrumento fajuto de manipulação dos jogos.