No início de junho, dois militares do Comando Militar do Leste, o sargento Flavio da Silva Serpa e Antônio Bernardo de Oliveira Nunes foram detidos por desviar munição das Forças Armadas para traficantes do Complexo da Penha.
Os militares receberiam dez mil reais cada um pelo desvio de 1,3 mil balas de fuzis divididos em duas parcelas.
O desvio das munições, complementa o Cocaleiro de Sevilha, militar da aeronáutica preso com 39 quilos de cocaína em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na comitiva do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Em dezembro de 2018, o sargento Marcelo Rodrigues Gonçalves, que estava cedido ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), dando expediente na Presidência da República, foi preso por liderar um esquema de venda de munições de uso restrito a morros cariocas, especialmente para o Comando Vermelho.
Os três casos revelam que as forças militares e os bolsonaristas fazem parte de um grande esquema de acordo com traficantes e milicianos para fornecimento de armas e drogas. As informações mostram que o governo, apesar da campanha de moralização da política, combate as drogas e a corrupção, não passam de fachada e desviar a atenção para uma política de ataques a população e a entrega do patrimônio nacional para o imperialismo.
Fazem parte de uma profunda crise e desmoralização do governo Bolsonaro que se agravou após a divulgação das mensagens do ministro da justiça, Sérgio Moro, que fraudaram as eleições presidências e, ainda mais, após o tráfico internacional de drogas na FAB e venda de armas para as milícias dos morros cariocas.