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África do Sul: CNA vence, mas perde apoio

Pretória, (Prensa Latina)* África do Sul acaba de transitar por um importante processo político do qual saiu vitorioso o governante partido CNA, ainda que com alerta de que deve solucionar ou ao menos aliviar o antes possível numerosos problemas que enfrenta esta sociedade.

 

Na conclusão das eleições gerais celebradas em 8 de maio, o veterano Congresso Nacional Africano (CNA) conseguiu não obstante uma relevante vitória, levando em conta que este encontro nas urnas teve lugar em momentos nos quais o país sofre altos níveis de pobreza e desemprego, desigualdade e outros males que recaem particularmente na população negra.

Com 57,51 por cento dos votos, o CNA perdeu mais do quatro por cento do respaldo popular, enquanto partidos opositores como Lutadores pela Independência Econômica (EFF), Inkhata e a Frente da Liberdade Plus (VF Plus) -que tem como objetivo proteger à população africâner-, acumularam mais votos que no encontro anterior diante das urnas.

A baixa do CNA provocou que o partido dirigente tenha perdido 19 cadeiras no Parlamento Nacional e tenha 230 em vez dos 249 com que contava e lhe permitia uma maioria absoluta.

Aliança Democrática (AD) manteve-se como a principal força opositora com 20,76 por cento de respaldo popular (dois por cento) e 84 postos no órgão legislativo.

No entanto considera-se que o maior vencedor neste processo democrático foi o EFF encabeçado pelo ex-dirigente juvenil do CNA Julius Malema, o que quase duplicou o respaldo conseguido nas eleições de 2014 com 10,79 das boletas e 44 cadeiras no parlamento, 19 mais que os conseguidos quando pela primeira vez essa organização participou na contenda eleitoral nacional.

Outra organização que avançou foi Inkhata, do nonagenário rei zulu Mangosutu Buthelezi, com 3,38 e 14 cadeiras parlamentares, ainda que seu triunfo maior se refletiu em seu natal KwaZulu Natal, onde recuperou a segunda posição após o CNA com mais de 588 mil votos que lhe brindaram 16.34 por cento de respaldo na província.

Por sua vez, VF Plus conseguiu colocar-se entre os primeiros cinco partidos na lista dos resultados depois do CNA, AD, EFF e o Inkhata com quase 415 mil votos, uma cifra que lhe permite no adiante contar com 10 posições no órgão legislativo.

Nas províncias, o CNA venceu em oito das nove regiões do país e só perdeu a de Cabo ocidental, que se mantém sob controle de Aliança Democrática.

PRESIDENTE OPINA 

Ao comentar o resultado das eleições em atos celebrados nas sedes da Comissão Eleitoral nesta capital e na do partido em Joanesburgo, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa afirmou que o governante CNA aprendeu de seus erros, deixou atrás a arrogância e trabalhará arduamente para cumprir o mandato recebido nas urnas.

O CNA aprendeu de seus erros e compromete-se a trabalhar arduamente para assegurar que todos os líderes do partido ganhem suas posições e não deem por sentado o respaldo de seus partidários, destacou o presidente, que assumirá seu cargo 25 de maio em uma cerimônia que terá como sede o estádio Loftus Versfeld da municipalidade central de Tshwane.

Para Ramaphosa, o apoio do 57,51 por cento do eleitorado -comparado com 62,15 atingido nas eleições de 2014- indicam claramente que ‘as necessidades da população devem ser priorizadas e não as batalhas internas de facções do CNA e prometeu uma campanha porta por porta para escutar as preocupações dos eleitores.

O líder governamental e do CNA aproveitou estas intervenções para render tributo aos milhões de sul-africanos que foram a depositar seu voto e que reafirmaram ‘a vitalidade de nossa democracia em um ambiente de opiniões diversas’.

Em seus comentários sobre o resultado destas eleições, Ramaphosa assegurou que os sul-africanos votaram por um país unido no que todos possam atingir seu potencial, em favor de uma sociedade mais igualitária, livre de pobreza, fome e necessidades,’ por uma nação em paz consigo mesma e com o mundo’.

Para Ramaphosa o povo deu a seus líderes um mandato firme para a construção de uma África do Sul melhor para todos.

PREPARATIVOS 

Enquanto, as autoridades organizam o ato de tomada de posse do Presidente, que pela primeira vez terá lugar fora do complexo de edifícios governamentais de Pretoria conhecido como Union Building, com a intenção de favorecer a participação de mais de 55 mil pessoas nesse estádio da capital.

Em Cidade do Cabo, sede do parlamento nacional, começaram os preparativos para receber aos novos deputados e desenhar a agenda de trabalho do próximo período.

O secretário do órgão legislativo, Masibyulele Xaso, disse que a primeira ordem do dia será o juramento dos 400 representantes dos partidos políticos vencedores nas eleições de 8 de maio.

Depois dessa cerimônia, explicou, os parlamentares escolherão seus líderes e terá lugar a eleição do presidente do poder legislativo, que posteriormente encabeçará o processo para escolher o vice-presidente do órgão.

Uma vez concluído esses processos, o caminho estará livre para celebrar a inauguração do novo presidente em 25 de maio no estádio Loftus Versfeld de Pretoria, concluiu Xaso.

* Os artigos reproduzidos não expressam necessariamente a opinião deste diário ou do Partido da Causa Operária

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