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Compreender para lutar

Afinal, quem é esse tal de Imperialismo?

Afinal quem é esse tal de Imperialismo? Qual a cara do Imperialismo? Como pode o Imperialismo estar em todos os lugares e, ainda ao mesmo tempo?

Por Nivaldo Orlandi 

 

Pelas reiteradas, sucessivas, repetitivas manchetes do Jornal Causa Operária, o Imperialismo surge com enorme importância. O termo, no entanto, está ausente nas manchetes da grande imprensa, buscando passar a ideia de ser o termo “Imperialismo”, um termo anacrônico, fora de moda, até acreditam nem mais existir o tal do imperialismo. Será?

Para traduzir em minúcias, desvendando o profundo significado do termo, destaco trecho do editorial do Causa Operária, número 1091:

Não é mais possível ocultar a enorme crise em que o imperialismo internacional, liderado pelos Estados Unidos, está mergulhado”, assim o Jornal Causa Operária abre seu editorial da semana 11 a 17 de Janeiro de 2020. Constatamos então, que são, os Estados Unidos, o país imperialista que lidera o imperialismo internacional. O Estados Unidos é imperialista, porém, existem outros países imperialistas, sem a eles se dar maiores atenções. Segue o editorial do jornal Causa Operária, “A luta dos povos oprimidos em defesa de sua emancipação e liberdade, vem causando uma rebelião contra a opressão imperialista, a força política, econômica e militar que impõe sua dominação aos povos através do terror”.

Após o 2º parágrafo, fica-se sabendo que, o tal de imperialismo, Estados Unidos e outros, dominam os povos através do terror e oprimem os povos através da força política, econômica e militar. Uma rápida pesquisa pelo Google e se descobre que o Irã está cercado por quase 40 bases militares americanas, estabelecidas em países que fazem fronteira com o país persa. São 40 exércitos dos EUA, cercando, sufocando, ameaçando, fazendo um verdadeiro terrorismo contra o Irã, um país de 80 milhões de habitantes no Oriente Médio. Não só isso, os Estados Unidos invadiu outro país, o Iraque, e lá, praticou diversos crimes de guerra.  Agora, não satisfeito com toda destruição que causou na Guerra do Iraque, assassinaram o general iraniano, Qassen Suleimani.

Suleimani, é um herói do povo árabe na resistência contra a opressão, contra a dominação dos povos árabes pelo imperialismo liderado pelos Estados Unidos. E este herói general iraniano foi brutalmente assassinado, por um bomba transportada por um avião não tripulado, um drone dos Estados Unidos, por ordem do próprio presidente Trump, em uma armação toda organizada pelo imperialismo, convidando-o para o diálogo no Iraque, em uma emboscada.

Qual crime cometeu o general Suleimani? Nenhum. O crime de Suleimani, foi não deixar-se dominar pelo imperialismo. Resistir ao imperialismo. Tentar expulsar o imperialismo que invadiu, ocupou militarmente os territórios do Oriente Médio, roubando as principais riquezas dos árabes, o seu petróleo.

O poder militar do império dos EUA, esta sendo utilizado contra um país atrasado, que se nega a se sujeitar à dominação do império sobre suas vidas. Mas a opressão também se faz através da força política do imperialismo.

Neste sentido, acaba-se sabendo que esse líder do imperialismo, usa o seu poder político para proibir que o Irã possa vender o seu principal produto, o petróleo para outros países do planeta. O sufoco imposto pelos norte-americanos, através de Trump, seu presidente, além de medida ilegal, pratica mais crime contra o povo do Irã. Com esta medida ilegal, criminosa, o Irã, somente consegue vender uma quinta parte da sua maior riqueza, o petróleo.

Dos 2,5 milhões de barris que o Irã comercializava, agora apenas 500 milhões de barris vendidos pelo Irã, consegue furar o cerco criminoso do imperialismo americano. Completa a pressão imperialista americana ilegal, desta vez, contra todos os demais países do mundo, os EUA punem, todos os países do planeta que não se aceitarem a proibição imposta de fazerem negócios, – totalmente legais – com o Irã. Se aproveitam, pelo fato de possuírem a moeda mundial para transações comerciais, ou seja, tiram proveito por serem eles a terem o monopólio da moeda mundial, o dólar americano, que só os americanos podem imprimir.

Constata-se que, além do cerco com 40 exércitos militares dos Estados Unidos, o cerco imperialista é feito também, se aproveitando do poder político e econômico. Para sufocar de todos os lados, proíbem os iranianos de utilizar a riqueza deles, para beneficiar o próprio povo do Irã. Resumindo, tem contra si, apontados os fuzis, metralhadoras, bombas, mísseis, drones, mas não podem reagir ao imperialismo?

Fica fácil constatar o significado de quando se denuncia, no mesmo jornal que, “na conflagrada região do Oriente Médio, onde o imperialismo mantém uma presença maciça, com efetivos militares, soldados, (só dentro do Iraque, são 5.200 soldados americanos. Já foram 160.000), equipamentos (porta-aviões, navios, mísseis, 40 bases militares e armas de destruição em massa, cresce em todos os principais países o sentimento de oposição e rechaço à intervenção criminosa das forças imperialistas”. “A reação das forças populares, inclusive no Iraque, onde os parlamentares votaram pela retirada das tropas norte-americanas do País, no rastro da crise aberta com o atentado terrorista perpetrado pelo governo ianque, que assassinou o general iraniano Qassem Suleimani, é a demonstração cabal do aumento generalizado da repulsa às tropas, e às bases militares imperialistas estacionadas no golfo pérsico”.

O editorial finaliza fazendo chamamentos às esquerdas para centrar forças e tomar partido nesta guerra do imperialismo opressor contra os povos oprimidos, ninguém pode fazer considerações secundárias, para, da luta se omitir.

“A esquerda ao redor do mundo deve, não só deixar de lado as considerações de natureza abstrata e secundárias sobre o caráter do regime iraniano, e apoiar ativamente luta de um país oprimido, o Irã,  contra um país opressor. “Os Estados Unidos possuem a maior máquina militar de guerra do planeta e as utiliza para impor seus interesses estratégicos, geopolíticos e econômicos ao redor do mundo”. “A luta de todas as nações e povos oprimidos e também do proletariado internacional deve estar voltada para a aniquilação e pela derrota política e militar do imperialismo”.

Que seja a palavra de ordem de toda a esquerda ao redor do mundo, e da esquerda do Brasil:

Fora o Imperialismo do Oriente Médio! Fora o Imperialismo da América Latina! Fora o Imperialismo da Bolívia! Fora o Imperialismo da Amazônia! Fora o Imperialismo dos Países atrasados! Fora o Imperialismo, inclusive, do Brasil!

 

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