Na última quarta-feira, dia 7, uma vendedora ambulante foi covardemente espancada por membros da polícia militar fascista de João Dória no centro de São Paulo, Vale do Anhangabaú. Imagens da agressão foram divulgadas nas redes sociais. A PM paulista tem sido responsável por atacar trabalhadores ambulantes em vários pontos da cidade. Na quarta-feira, enquanto ameaçavam os trabalhadores na região nas “fiscalizações de rotina”, estes se revoltaram e atiraram objetos nos policiais.
Em resposta os policiais atacaram os ambulantes, uma mulher, mesmo após cair no chão foi agredida com chutes nas costas. A decisão da corporação policial foi de afastar temporariamente os PMs envolvidos na agressão das ruas, colocando-os para realizar serviços administrativos enquanto a ação ocorrida é investigada. Caso excessos sejam observados, afirma a corporação dos militares, ocorrerá suspensão dos policiais.
Qualquer pessoa que observa o vídeo em que os supostos “protetores do povo” agredindo com selvageria uma mulher caída no chão, mulher essa que estava trabalhando, a de concordar que os excessos existem. Se observado as ações policiais violentas em São Paulo que muito vem sendo registradas por populares em vídeos, além do dado que coloca a polícia militar como responsável pela metade das mortes no Estado conclui-se que essa é sim uma arma da burguesia de a classe trabalhadora.
A crise no país vai a números alarmantes, o desemprego então atinge uma parcela imensa da força de trabalho brasileira, e os direitos de quem ainda trabalha vem sendo destruídos pelo governo Bolsonaro e seus aliados da direita tradicional, além da inatividade da esquerda, o trabalho informal e uma das saídas encontradas para a sobrevivência do povo.
Essa política é contenção da crise, contenha a reação popular com todas as forças possíveis. A política de agressão constante contra o povo não vai se resolver com afastamentos de policiais, a orientação para o polícia é justamente essa. Quando vemos os números da violência policial, a ideia de que casos isolados não existem, eles são sim uma regra e a tendência é que se aprofundem cada vez mais. A única forma de dar fim ao massacre da população pela polícia é a dissolução da PM. Os trabalhadores não precisam de uma polícia que os mata. A burguesia tenta convence-los do contrário, mas devemos apontar que não, não precisam.
Um policial afastado é um policial da mesma forma, isso quando ele não vai para a “segurança privada” que são embriões de uma milícia fascista. Esse tipo de sujeito é recrutado para bandos fascistas justamente pelo nível de agressividade. Para acabar com essa fábrica de mercenários, que reprimem a população tanto na cidade como no campo, é necessário dissolver por completo a polícia militar.