Em mais uma demonstração clara da crise política que passa o atual governo ilegítimo de Bolsonaro, os deputados da direita golpista e seus aliados não conseguiram aprovar o texto da “reforma” da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Os parlamentares golpistas decidiram adiar a votação para a próxima semana, diante da falta de acordo sobre o texto, o que poderia levar a uma derrota ainda mais aguda do governo.
A crise em decorrência do adiamento ficou patente na fala do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia do DEM. O deputado golpista declarou ter sido negativo o adiamento e que teria faltado “organização” do governo para costurar um acordo com os partidos do chamado “centrão”.
A declaração é um expressão da crise política entre os diferentes setores do golpe e da própria burguesia. Desde o início do governo ilegítimo de Bolsonaro, tal crise vem se aprofundando. As medidas impopulares do governo golpista tem intensificado o desgaste de Bolsonaro e todos os golpistas perante o povo. É preciso lembrar que o atual governo golpista é fruto de uma manobra da burguesia e do próprio imperialismo para manter o poder político em suas mãos. Bolsonaro apenas chegou ao poder pois o principal candidato popular, o ex-presidente Lula, foi retirado de maneira arbitrária e ditatorial da disputa.
Diante da crise que se aprofunda a cada dia é necessário que os movimentos populares, as organizações de esquerda e a própria classe operária tome a frente da mobilização. É necessário aproveitar o momento e impulsionar um amplo movimento de luta pela derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas. Somente a intervenção da força da classe trabalhadora pode pôr um fim definitivo no golpe e em todas as suas medidas de ataque às condições de vida do povo.