O Governo Federal através da Advocacia Geral da União (AGU) e a Petrobrás, recorreram nesta terça-feira (29) ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), para impedir a greve de 72h organizada pela FUP para esta quarta-feira (30). No documento preparado pela AGU, o governo reivindica que a greve dos petroleiros, que se somará à greve dos caminhoneiros, terá um efeito demasiadamente nefasto para a sociedade.
A AGU demanda que 100% dos trabalhadores compareçam ao trabalho, e quer estabelecer uma multa de 10 milhões por dia para os sindicatos que desacatarem. A ministra-chefe da AGU, Grace Mendonça, declarou que a sociedade brasileira “não pode ser penalizada com a ausência de serviços essenciais por causa de uma greve que não respeita as exigências legais”, e junto à Petrobrás argumenta que a greve tem caráter “político-ideológico”.
Os golpistas estão deixando as refinarias quase inoperantes em benefício dos acionistas e dos imperialistas, e querem impedir o direito mais fundamental do trabalhador que é o direito de greve, além de tentar jogar a população contra os trabalhadores. O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, disse que o sindicato tomou as medidas necessárias que a lei de greve exige para ter a legitimidade, porém sabemos que o judiciário está sendo a peça chave para o golpismo, e que a legalidade está sendo negligenciada com frequência.
A CUT precisa consolidar as greves dos caminhoneiros e dos petroleiros, que inclui a FUP e a FNP, convocando a greve geral. O governo está fraco e cambaleante, e só uma massa de trabalhadores bem organizada pode derrubá-lo e estabelecer um regime verdadeiramente democrático. Os trabalhadores não podem recuar diante de uma ameaça como esta e deve se manter firme e forte para tomar todas a medidas cabíveis para derrotar o golpe imperialista no Brasil.