Depois de muito ensaio e acusações cínicas e sem provas dos EUA sobre a Rússia estar violando o tratado nuclear e fazendo testes com mísseis de longo alcance, ambos os países encerraram nesta sexta-feira (2) o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev. Essa posição dos EUA é fruto da crise do imperialismo, numa tentativa falha de medir forças com a Rússia a burguesia norte-americana mostra que está ficando cada vez mais sem alternativas de dominação.
Utilizando-se da tática de atacar a economia da Rússia com uma possível corrida armamentista, os EUA acreditam que seu arsenal bélico ainda é o mais potente e inigualável do mundo, contudo, diversos especialistas já afirmara que essa superioridade tem sido desgastada em áreas importantes. A própria Comissão de Estratégia Nacional de Defesa afirmou em um documento solicitado pelo Congresso dos EUA que “A superioridade militar dos Estados Unidos diminuiu para um nível perigoso”.
As sofisticadas táticas tecnológicas da Rússia têm feito com que seu poderio bélico avance exponencialmente, ultrapassando as tecnologias norte-americanas. Aliás, aliada da Rússia, a própria China vem sido considerada uma oponente bélica considerável em relação aos EUA, mostrando que os maiores prejudicados com o fim desse Tratado, por mais demagógico e capitulante que fosse, são os próprios norte-americanos.
A agressividade do imperialismo em todos os flancos é um sintoma da crise de seu controle sobre o mundo, o que é parcialmente positivo, pois demonstra sua fragilidade e permite a existência das condições dadas para uma derrubada do imperialismo.
Não a toa, a burguesia estadunidense precisou orquestrar golpes por todo o mundo na tentativa desesperada de estender seus domínios, mas as tentativas falhas, como na Turquia, Iraque e Irã só acentuaram essa crise. Mesmo assim, o desespero dos EUA vai ao encontro de medidas mais agressivas, o que pode ser preocupante para grande parte da população. O prognóstico ainda é incerto, mas há grandes chances de, no auge do seu ego e busca por poder, os EUA entre nessa corrida, passando por grandes riscos de não conseguir bancar esse enfrentamento com Rússia.