Izadora Dias
A recente notícia de que presos estão sendo comidos vivos por uma bactéria desconhecida, na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, no norte do País, escancara as condições desumanas a que os detentos são submetidos sob custodia do Estado.
Há cerca de uma mês, após tomarem água com gosto ruim e cheiro insuportável, os presos começaram a passar mal e a sentir que algo está comendo o seus corpos por dentro. A pele e partes de membros do presos estão em processo de decomposição. 24 presos estão infectados pela bactéria desconhecida.
O presídio está sob intervenção federal desde uma rebelião que resultou no massacre de 33 detentos em janeiro de 2019. Esta situação é o retrato verdadeiro do tratamento que a direita tem reservado para a população carcerária.
Os presídios não são nada mais do que campos de concentração, e não exercem nenhuma outra função que não seja a de torturar o povo pobre e prender inimigos políticos, principalmente de esquerda.
A conversa da direita de que os presídios serviriam para diminuir a violência é uma mentira. Pelo contrário, são as cadeias os principais focos da violência.
A prisão é a repressão policial e jurídica sobre a população, que usa crimes morais, como o tráfico de drogas para aprisionarem massa, principalmente os pobres e negros. Isso quando há crime, pois não falta exemplos de milhares de pessoas que são presas sem provas. Um bom exemplo de como a justiça funciona, é caso do ex-presidente Lula, perseguido político e preso sem provas por quase 600 dias nas masmorras de Curitiba.
A esquerda precisa levantar junto com a população a campanha pelo fim dos presídios, esses lugares que podem ser considerados com toda certeza, infernos na terra.