Na manhã do dia 18 de março, o Consórcio Intermunicipal do ABC, composta pelos prefeitos das 7 cidades da região, decidiu suspender gradualmente a circulação de ônibus nos municípios.
A redução gradativa, que envolve as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, começou no dia 18 e irá se encerrar no dia 29, quando todas as linhas de ônibus pararem de circular.
É importante ressaltar que essa é uma política que não só é insuficiente para diminuir o contágio, como, na verdade, ajuda a aumentá-lo.
Diminuir os ônibus não significa que a população vá parar de usá-los, significa que esses transportes ficarão ainda mais lotados e a população terá que “se virar” para ir ao trabalho, se aglomerando ainda mais dentro de veículos — considerando que em alguns ônibus mais novos não é possível abrir as janelas por conta dos ar-condicionados —, pagando motoristas de aplicativos ou pagando táxis.
O correto seria colocar mais ônibus em circulação para que as pessoas conseguissem manter a distância aconselhada umas das outras e não diminuir um espaço que, normalmente, já é apertado por conta da imensa quantidade de pessoas que usam o transporte público.
Medidas como essa evidenciam que a direita está usando a situação de pandemia do coronavírus para retirar direitos da população e para dificultar ainda mais a vida do trabalhador. Como se não bastasse o estado de calamidade pública que se instaurou no país inteiro, os golpistas aproveitam para esfolar o trabalhador e, assim, implantar suas políticas fascistas contra o povo.