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EAD acentua desigualdades

Abandonados, estudantes se adaptam ao ensino à distância

Estudantes pobres se vêem completamente abandonados, tanto pelo Estado quanto pelas organizações estudantis, que deveriam organizar a luta em defesa dos seus direitos

Avança a precarização do ensino

Com a paralisia da esquerda, em especial do movimento estudantil, a direita vem conseguindo consolidar e propagandear a educação a distância, ou apenas EAD. Um dos grandes entusiastas da EAD é justamente o ministro da Educação bolsonarista Abraham Weintraub, que vem defendendo esta modalidade de ensino exaustivamente desde que assumiu a pasta em 2019.

É importante ressaltar que o EAD é um caminho para a precarização e a privatização do ensino. Ao mesmo passo em que prejudica a relação interpessoal no processo de aprendizagem, impactando negativamente na qualidade do processo, ataca diretamente postos de trabalho relacionados à limpeza e alimentação e precariza a função do professor ao introduzir a figura do “tutor de EAD”, que mesmo se tiver a formação necessária para atuar como professor receberá menos e terá sua jornada desregulada.

Abandonados pelas organizações que nesta crise deveriam estar combatendo as políticas da direita, vários estudantes têm “corrido atrás do prejuízo”, tentando adaptar-se como podem ao cenário que vem se estabelecendo durante a pandemia.

EAD no Distrito Federal

O governo de Ibaneis Rocha, através do site institucional Agência Brasília, comemora o avanço da adesão à educação a distância, mesmo que esta dependa de improvisações. Em matéria publicada em 07/05, o governo do DF cita como uma vitória o exemplo do diretor de um Centro Educacional da Ceilândia, que conseguiu equipamentos emprestados e utiliza mão de obra estudantil para gravar aulas.

O fato de que o profissional tenha “se virado” para conseguir os equipamentos chama mais a atenção quando a matéria revela que este Centro Educacional, o CED 11, já utiliza uma plataforma de ensino a distância.

Isso expõe o fato de que o EAD já vinha sendo implementada no DF mesmo antes da pandemia do COVID-19. Além disso, vinha sendo implementada de maneira precária, tendo em vista que o diretor ainda não tinha o material adequado quando optaram por entrar de cabeça no EAD.

Como ficam os mais pobres

Um aspecto cruel do EAD é que ela acentua as diferenças econômicas e a exclusão social, que já estão presentes no cotidiano escolar mas agora ganham maior proporção.

Isso fica claro no final da matéria, que aponta que o diretor imprime material com atividades para os estudantes sem acesso à internet, mas contraditoriamente expõe que a distribuição deste material será realizado somente após um levantamento, que ainda nem ocorreu. O diretor deste CED anuncia também que ainda estão pensando em abrir o laboratório da unidade, permitindo o acesso aos computadores e à internet.

Nestes dois exemplos, fica clara a negligência com a qual os garotos propaganda do EAD tratam os estudantes mais pobres. Enquanto uma parte dos alunos segue tendo atividades, a outra não conta com nada mais do que promessas. Este descaso condena os mais pobres a voltar da quarentena defasados em relação aos demais.

As diferenças econômicas determinam as condições de estudo, pois além do acesso à internet, este método para ser aplicado com sucesso num público adolescente depende da disponibilidade de um adulto para acompanhar seus estudos e de um cômodo que ofereça um mínimo de isolamento para que o estudante consiga se concentrar nas atividades, no mínimo.

A esquerda não pode assistir passivamente a este avanço da precarização do ensino e da exclusão social, é preciso combater o EAD como substituta do ensino presencial e lutar pela suspensão do semestre letivo.

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