No momento em que os Estados Unidos passam a ser o epicentro do coronavírus, Trump envia força naval ao Caribe, próximo as águas marítimas da Venezuela.
A escancarada provocação contra o presidente venezuelano, seria para a marinha norte americana desenvolver tarefas de “vigilância”, para coibir o tráfico de drogas . “Os EUA estão lançando uma operação antidrogas aprimorada no hemisfério ocidental para proteger os americanos do flagelo mortal de narcóticos ilegais”, a alegação de Trump.
Para o vice-presidente venezuelano, movimentação é tentativa de desviar atenção da crise provocada pelo coronavírus nos Estados Unidos.
Donald Trump despachou uma frota de navios, aviões e helicópteros de combate, tudo em direção às águas do Caribe, nas proximidades do território venezuelano, com o objetivo de realizar tarefas de “vigilância”. A operação é encadeada a menos de uma semana depois do Departamento de Justiça dos EUA acusar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e Diosdalo Cabelo, como envolvidos em tráfico de drogas. “Não permitiremos que os cartéis de drogas aproveitem a pandemia do coronavírus para ameaçar a vida dos americanos”, acrescentou.
A entrevista coletiva foi marcada para o presidente norte-americano informar sobre a situação da pandemia do coronavírus nos Estados Unidos. Trump, tendo ao seu lado, o secretário de Defesa, Mark Esper, abriu a coletiva com o anúncio da partida da frota naval para o mar do caribe. Nem o presidente, tampouco o secretário de defesa deu muitos detalhes sobre as atividades. Mais tarde, o Comando Sul do Exército dos EUA publicou no Twitter que a iniciativa “duplicará as capacidades na região”.
“Uma tentativa de desviar a atenção” do que está acontecendo nos EUA com a crise de sanitária causada pela Covid-19, prontamente rechaçou o vice presidente venezuelano, Jorge Rodríguez. Presidente Maduro já rechaçara as acusações criminais, quando da sua divulgação, uma semana atrás, pelo Departamento de Justiça dos EUA, que acusara o presidente venezuelano e outros líderes chavistas de tráfico de drogas e outros crimes.
Esforçando-se para parecer sério, afirmou Esper, que “o regime ilegítimo de Maduro na Venezuela confia nos benefícios que advêm da venda de drogas para manter seu poder opressivo”. O povo da Venezuela não estaria sofrendo pelo embargo criminoso de Trump´e seus lacaios, mas pelo “controle criminal de Maduro sobre o país”, acrescentou o secretário de Defesa.
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, acusou em 26 de março, Maduro e líderes próximos, de fazer parte de, em parceria com membros dissidentes da guerrilha colombiana das FARC, por tráfico maciço de drogas para os Estados Unidos. Maduro, além de rechaçar a denúncia, acusou Donald Trump e seu governo de se comportarem como “vaqueiros racistas do século XIX”.
Invasão da Venezuela e a reeleição de Trump
“O domínio da tirania de Maduro será esmagado e destruído”, proclamou Trump, em 5 de fevereiro no tradicional discurso do Estado da União, sendo calorosamente aplaudido de pé, pela totalidade do parlamento, inclusive pelos democratas.
A debilidade da Venezuela pela vertiginosa queda dos preços de petróleo, sua maior riqueza, a pandemia do vírus corona que assola todas as nações, o criminoso embargo econômico infligido pelos EUA, a extrema necessidade de Trump, desviar a atenção sobre a devastação sanitária e econômica em seu próprio país, talvez Trump ache que outro melhor momento pode não acontecer. A aventura de uma invasão aberta na Venezuela, talvez tenha chegado o momento.
Estados Unidos é useiro e vezeiro em agressões externas às vésperas de eleições. É a carta que sempre dá reeleição ao presidente de plantão, foi assim com George W, Bush em 2003, quando invadiu o Iraque, por exemplo.
Submisso a Trump, Bolsonaro apoia a guerra dos Estados Unidos contra Venezuela
Em nova demonstração de submissão aos Estados Unidos, o Itamaraty divulgou nesta noite nota defendendo o golpe contra Venezuela, ação nomeada pelo governos brasileiro e norte-americano como “Moldura Institucional para a Transição Democrática na Venezuela”
Os ataques contra a Venezuela, as provocações dos Estados Unidos contra a Venezuela, e a própria invasão aberta do país chavista, talvez seja a cartada da reeleição de Trump, e também tirar Bolsonaro do seu isolamento.
Não à agressão imperialista na Venezuela. Fora Trump. Fora Bolsonaro, lacaio do imperialismo.